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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Exposição Cangiante assinala a abertura do novo Centro de Arqueologia e Artes de Beja

A exposição Cangiante – a partir de obras da Coleção da Caixa Geral de Depósitos – com curadoria de Antonia Gaeta – é apresentada, de 3 de julho a 6 de novembro, no Centro de Arqueologia e Artes de Beja, assinalando a abertura deste novo espaço.

Propondo uma curadoria aberta e permeável ao trabalho de artistas convidadas, Antonia Gaeta, convidou Ana Manso e Dayana Lucas para participarem na Congiante, produzindo várias obras inéditas para esta exposição.

São apresentadas obras de mais de 30 artistas, nomeadamente: “a pintura do gato com laço vermelho de Lourdes Castro, um auto-retrato de Gaëtan, uma tela-escultura de Helena Almeida, o Pé de José Loureiro, pinturas a óleo de Ana Manso, a Metamorfose II de Ana Hatherly, João Paulo Feliciano, Jorge Barradas, pequenas esculturas de Jorge Vieira, o livro Ambivalências preguiçosas de Susanne Themlitz, The Ant Song de Ana Jotta, desenhos feitos com sangue de dragoeiro pela Dayana Lucas, Padrão e partenaire de João Penalva, uma pintura de Joaquim Rodrigo, coabitam na mesma sala, muitas delas até na mesma parede, numa contraditória e orgulhosa euforia. Passamos por várias salas, por vários artistas, prosseguimos por associações relâmpago não menos audaciosas das que já encontramos. Surgem lascas de memória e visões do passado, Jorge Queiroz e António Dacosta; líricos da sociedade com ou sem gramática partilhada, Edgard de Souza e Álvaro Lapa, Marepe e as Palmeiras de René Bertholo. Eis um desenho de Pedro Calapez nunca mostrado antes. Parece um vulcão, uma cratera, uma árvore cortada e cavada no seu interior cujo fundo, com a luz, fica da cor da prata”, refere Antonia Gaeta.

Cangiante – palavra italiana que vem do latim tardio cambiare, mudar, alterar, transformar-se – é um tecido ou um pano, uma tela iridescente, um efeito ou sensação, uma variável mutante. Uma cor que muda de tonalidade consoante a incidência da luz, um dos quatro cânones de pintura do Renascimento.

A exposição insere-se no contexto específico da cidade de Beja, assinalando a abertura de um novo espaço: o futuro Centro de Arqueologia e Artes de Beja. Para tal desenvolveram-se uma série de parcerias e colaborações com diferentes agentes e estruturas que operam na cidade, entre os quais o Conservatório Regional do Baixo Alentejo, o Politécnico de Beja e os Agrupamentos Escolares I e II da Escola Secundária Diogo de Gouveia. A curadora, após uma visita ao Museu Jorge Vieira – Casa das Artes, achou pertinente incluir sete esculturas do artista na exposição para não descuidar uma parte importante da cultura da cidade. O Conservatório de Música de Beja associou-se, igualmente, à Cangiante, através da produção de uma peça sonora com a qual se dá início à exposição.

Artistas representados na exposição: Alberto Carneiro, Álvaro Lapa, Ana Hatherly, Ana Jotta, Ana Manso, Ângela Ferreira, Ângelo de Sousa, António Dacosta, Cruzeiro Seixas, Dayana Lucas, Edgard de Souza, Eduardo Batarda, Eduardo Nery, Gaëtan, Helena Almeida, João Paulo Feliciano, João Penalva, Joaquim Bravo, Joaquim Rodrigo, Jorge Barradas, Jorge Queiroz, Jorge Vieira, José Escada, José Loureiro, Lourdes Castro, Marepe, Pedro Calapez, Pedro Casqueiro, Rui Chafes, Susanne Themlitz, Xana, Zulmiro de Carvalho.

Foto: Bruno Castro

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