As obras de remodelação do Bloco de Partos do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, terão início na primeira semana de julho, adiantou José Carlos Queimado, o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA). Atualmente, decorre o processo de mudança interna do serviço para preparar o espaço para a intervenção.
José Carlos Queimado salientou os desafios logísticos que a obra representa, dada a idade do hospital. “Este hospital tem 50 anos e, portanto, é uma aventura para fazer qualquer tipo de obras, porque temos de mudar vários serviços internamente. Por estes dias, estamos neste processo, sendo que já mudámos alguns para que as obras iniciem no próximo mês”, explicou o responsável.
A intervenção prevê uma remodelação total do piso e a criação de uma sala de cirurgia exclusiva para cesarianas. Atualmente, estas cirurgias são realizadas no bloco central da unidade hospitalar, o que, segundo o presidente da ULSBA, “não é recomendado”. Com a obra, “o piso passará a ter uma sala de cirurgias junto das salas atuais e só para a Obstetrícia”, clarificou.
O investimento nesta requalificação está orçado em 1,5 milhões de euros, aos quais se somam cerca de 500 mil euros em equipamento. A empreitada deverá durar entre “seis a sete meses”, e o objetivo é que o Bloco de Partos fique “já nas condições que é suposto ficar quando o processo de ampliação e requalificação do hospital for concluído”.
Em paralelo, o bloco operatório central do hospital também está a passar por um processo de renovação. “Vamos renovar as quatro mesas cirúrgicas do bloco operatório, o que é uma excelente notícia” para utentes e profissionais, uma vez que as mesas existentes tinham, na sua generalidade, mais de 20 anos, acrescentou também José Carlos Queimado.
Relativamente ao projeto mais abrangente de ampliação e requalificação do Hospital de Beja, o presidente da ULSBA informou que, no passado dia 12, foi aprovado o modelo de concurso para a preparação do caderno de encargos, que antecede a abertura do concurso de arquitetura e especialidades. “Desde abril até agora que, em termos de tutela, o Governo esteve num período de gestão” por isso “é mais complicado realizar algumas coisas, mas nós também tivemos que esclarecer alguns pontos com técnicos especializados nas áreas da construção hospitalar e da jurisdição. Estando isso tudo clarificado, vamos nos próximos dias ter uma primeira reunião com o júri e começar a fazer o trabalho que se tem que fazer” como por exemplo, “o caderno de encargos”, detalhou.
José Carlos Queimado havia dito em agosto do ano passado que o custo previsto para a requalificação e ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes era de 118 milhões de euros, com uma estimativa de início das obras para o segundo semestre do próximo ano.
Rádio Castrense / Lusa
