O Município de Ourique anuncia o lançamento da obra “Ourique – O Início da Nacionalidade – The Beginning of Portuguese Nationality”, da autoria de António Botto Quintans, com a chancela da editora Cordel D’ Prata, que se realizará dia 9 de novembro de 2024, às 17h30, na XXIV Feira do Livro de Ourique.
Esta obra, bilingue e ilustrada com mais de 100 imagens, defende a Batalha de Ourique como o maior marco da História de Portugal e ponto de viragem para a sua independência. O livro “Ourique – O Início da Nacionalidade” revela o contexto em que D. Afonso Henriques se deslocou ao sul, destacando o impacto da assinatura do Tratado de Tui, em 1137, entre D. Afonso Henriques e Afonso VII de Leão e Castela, como catalisador para os combates subsequentes na Península Ibérica. Esta obra apresenta, assim, uma leitura aprofundada das estratégias da Reconquista Cristã, onde a batalha contra cinco reis mouros marca, simultaneamente, um feito militar, a génese do símbolo maior da nossa bandeira e a independência de Portugal.
No regresso a Coimbra, D. Afonso Henriques ao passar pelo Alentejo, pelos campos de Ourique, que englobavam os atuais concelhos de Ourique, Castro Verde e Almodôvar, D. Afonso Henriques vê-se cercado por cinco reis mouros. É então que se dá o milagre e a batalha de Ourique. Nove séculos se passaram e o escudo de Ourique continua a ser o símbolo maior da bandeira nacional, desde 25 de Julho de 1139. A verdade é que depois da batalha de Ourique – «a pedra angular da monarquia portuguesa» –, como lhe chamou Alexandre Herculano, D. Afonso Henriques mandou acrescentar ao escudo do Condado Portucalense cinco escudos em forma de cruz, que simbolizam, simultaneamente, os cinco reis mouros vencidos e as cinco chagas de Cristo. E em cada escudo mandou bordar cinco besantes, os quais, se se fizer o sinal da cruz, representam os trinta dinheiros porque que Judas O vendeu.
O autor, António Botto Quintans, ancorou-se em historiadores de reconhecido mérito – Frei António Brandão, Alexandre Herculano, Mário Barroca, José Mattoso, entre outros. Após a grande jornada de Ourique, que marcou, definitivamente, a Nacionalidade de Portugal, quatro anos mais tarde, em 5 de Outubro de 1143, Afonso VII de Leão e Castela, imperador das Espanhas, reconhece, finalmente, a grande figura de D. Afonso Henriques e a independência do reino de Portugal. Mas Ourique vai para além do início da Nacionalidade. Ultrapassando fronteiras, a antiga comenda de São Salvador de Ourique está intimamente ligada ao Padre António Vieira e a São Salvador da Bahia, primeira “capital” do Brasil, ampliando o alcance e o significado desta obra além das fronteiras.
Integrada na programação da 24.ª edição da Feira do Livro de Ourique, a obra será apresentada por Marcelo Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Ourique, e José Raul dos Santos, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ourique.