Castro Verde assinala no próximo dia 25 de julho, sexta-feira, o 886º Aniversário da Batalha de Ourique, “um dos momentos mais simbólicos da fundação da nacionalidade portuguesa, com um programa solene que une memória, cultura e identidade nacional”, segundo a a autarquia castrense.
As celebrações iniciam-se às 09h15, nos Paços do Município, com uma receção aos convidados e a Cerimónia de instalação de um “fragmento” do antigo obelisco de Castro Verde, que ficará exposto no átrio do edifício. Esta peça histórica, ligada à memória do Padrão da Batalha de Ourique, “simboliza a preservação da identidade local e o resgate de um importante património escultórico nacional” explica o município.
Mandado erigir por D. Maria I em 1785, o monumento foi concebido pelo escultor Machado de Castro, autor da célebre estátua equestre de D. José I, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Inaugurado em 1795 junto à Ermida de São Pedro das Cabeças, o obelisco original exibia uma estrutura piramidal coroada, com plataforma circular de sete degraus (hoje cinco), pedestal quadrangular e medalhão em jaspe com a efígie da rainha. A obra foi severamente danificada por um ciclone em 1804, restando apenas a base, o pedestal e o medalhão. Em 1960, o obelisco foi reconstruído e reinstalado junto aos Paços do Concelho, num esforço de revalorização da memória coletiva.
Depois desta cerimónia, segue-se, às 09h45, na Basílica Real de Nossa Sra. da Conceição, a apresentação do livro “Ourique – O Início da Nacionalidade”, da autoria de António Botto Quintans, que propõe uma reflexão sobre o papel simbólico e histórico da batalha, antecedendo a deslocação para o sítio São Pedro das Cabeças, local histórico da Batalha de Ourique.
Às 11h00, em São Pedro das Cabeças, decorre a romagem ao Padrão da Batalha de Ourique, associada a uma Cerimónia Militar promovida pelo Exército Português que, anualmente, evoca no concelho de Castro Verde o aniversário da Batalha que, em 1139, nos Campos de Ourique, foi decisiva para a fundação de Portugal.
Com este programa comemorativo, organizado pela Câmara Municipal de Castro Verde e pelo Exército Português, “o concelho reafirma-se como o território central na evocação de um dos mais marcantes episódios da História nacional” conclui a autarquia.
