O Pax-Júlia teatro Municipal de Beja, assinalou ontem, 17 de junho, 19 anos após a sua reabertura ao público. A infraestrutura tinha fechado ao público em 1990 e em 1995 foi adquirido pela Câmara Municipal de Beja à Lusomundo por 560 mil euros, num investimento que na altura foi comparticipado por fundos da União Europeia, através do Programa Operacional Regional do Alentejo.
O Pax-Júlia está equipado com um auditório com capacidade para 650 lugares, e uma sala estúdio para 143 espectadores.
Recorde-se que as obras de remodelação e requalificação do Pax-Júlia começaram em 2001, com a primeira fase a ser financiada através de um contrato programa, de um milhão de euros, entre a câmara e o Ministério da Cultura, no âmbito de um programa nacional de remodelação de 21 teatros e cineteatros.
A segunda fase de recuperação do edifício foi financiada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, no valor de 1,3 milhões de euros.
O equipamento técnico foi adquirido através do Programa Operacional da Cultura por 1,9 milhões de euros.
Os primeiros planos para a construção do teatro iniciaram-se ainda em meados do século XIX, por parte da Sociedade Teatral Bejense. Para este efeito, a associação adquiriu os antigos edifícios do hospício e da Igreja de Santo António, que faziam parte do complexo do Convento de Nossa Senhora da Conceição. Foi inaugurado em 19 de Dezembro de 1928, tendo os primeiros espetáculos sido três peças da companhia de Ilda Stichini, que tiveram grande sucesso.
Na década de 1950 foi alvo de profundas obras de remodelação, passando a ter 1250 lugares para espectadores.
Atualmente é o teatro com maior capacidade de albergar espetadores em toda a região do Alentejo.
