O Baixo Alentejo acolhe pelo quarto ano consecutivo o Festival Futurama. A 4.ª edição do Futurama – Ecossistema Cultural e Artístico do Baixo Alentejo decorrerá entre 14 e 29 de novembro, estendendo a sua programação a três concelhos: Beja (14 e 15 de novembro), Mértola (Mina de S. Domingos, 22 de novembro) e Alvito (28 e 29 de novembro). Sob a programação de John Romão, o festival visa promover um cruzamento entre artes visuais, performance, música e práticas colaborativas, incentivando artistas e comunidades a pensarem em conjunto o futuro e o presente da expressão artística.
O arranque do festival dá-se já esta semana em Beja, com o destaque para os projetos resultantes do programa Artistas nas Escolas, fruto de meses de residências artísticas em instituições de ensino e universidades seniores da região. Em Beja, no dia 14, inauguram-se as instalações Brilha – Impressões e escultura sobre a nossa impressão digital, de Fidel Évora com alunos da Escola Secundária Diogo de Gouveia, e O que nos sustenta?, exposição de Francisco Trêpa com estudantes da Escola Mário Beirão, no Núcleo Visigótico. No dia 15, a coreógrafa Sónia Baptista apresenta a performance O Mistér(io) do Futebol, criada com jovens do Clube Desportivo de Beja, seguida do concerto Cantexto, uma criação coletiva que junta seis grupos corais de vários concelhos, interpretando textos de autores como Lídia Jorge e Kalaf Epalanga, musicados por Ana Santos e Celina da Piedade, no Cine-Teatro Pax Julia.
O festival segue para a Mina de S. Domingos, em Mértola, a 22 de novembro, com instalações de Adriana Progranó e Tiago Alexandre, este último com a colaboração da Universidade Sénior local, antes de o concerto Cantexto regressar com novos grupos e a inclusão de autores como Afonso Cruz e José Luís Peixoto. O encerramento ocorre em Alvito, nos dias 28 e 29 de novembro, com uma exposição fotográfica de David Infante com a Escola Profissional e um encontro informal sobre práticas orais, culminando com o último concerto Cantexto a juntar mais seis grupos corais do Baixo Alentejo.
Paralelamente, o Espaço Futurama, em Beja, funcionará como centro nevrálgico do projeto, acolhendo residências e a exposição Vi uma cobra a voar, de Maja Escher, que será inaugurada a 14 de novembro, partindo da poesia popular.
O Festival Futurama, que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República e financiamento da Direção Geral das Artes, reforça o seu compromisso com uma programação gratuita, acessível e descentralizada, celebrando o poder da arte como ferramenta de encontro e transformação social.















