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Domingo, Dezembro 7, 2025

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Assinalam-se hoje 28 anos do Temporal de 5 de novembro de 1997 que deixou uma onda de destruição e mortes no distrito de Beja

Assinalam-se esta quarta-feira 28 anos do Temporal de 5 de novembro de 1997. O temporal que assolou o Alentejo no dia 5 de novembro de 1997 foi uma das catástrofes naturais mais graves da região nas últimas décadas, marcado por chuvas de intensidade torrencial e cheias relâmpago devastadoras.

Este fenómeno meteorológico resultou da passagem de uma depressão com características tropicais que atingiu uma vasta faixa do sul do país, estendendo-se desde o Algarve ao Alentejo.

A violência e a rapidez com que a água caiu transformou ribeiras e pequenas linhas de água em rios caudalosos em poucas horas, arrastando consigo lama, detritos e tudo o que encontrava pelo caminho. O saldo mais trágico deste evento foi o registo de onze a doze vítimas mortais em território nacional, espalhadas pela trajetória da tempestade.

Os distritos de Beja e Setúbal foram os mais afetados, com concelhos como Beja, Ourique, Aljustrel, Moura, Castro Verde e Odemira a sofrerem prejuízos incalculáveis. Além das perdas de vidas Humanas, a catástrofe resultou na destruição de pontes e de infraestruturas rodoviárias, no corte de comunicações essenciais e na interrupção dos abastecimentos básicos, como energia e água.

Naquele dia, muitas casas foram destruídas ou ficaram inabitáveis, deixando centenas de famílias desalojadas, e os prejuízos na agricultura e pecuária foram significativos. Em locais como Beja, a precipitação ultrapassou os cem milímetros em apenas vinte e quatro horas, sendo que a maior parte desta chuva extrema caiu concentrada em apenas seis horas durante a fatídica noite de 5 de novembro, levando a uma grande mobilização de meios de socorro e à posterior declaração de calamidade pública em várias zonas atingidas, face aos milhões de contos (a antiga moeda portuguesa) em prejuízos materiais.

As perdas humanas resultantes do temporal de 5 de novembro de 1997, que vitimou cerca de doze pessoas em Portugal, concentraram-se de forma trágica em várias localidades rurais do Distrito de Beja, as mais atingidas pela violência das cheias relâmpago. A localidade do Carregueiro, no concelho de Aljustrel, foi uma das mais flageladas, com o registo de quatro vítimas mortais. Igualmente dramático foi o balanço no concelho de Ourique, onde se contabilizaram seis óbitos distribuídos por freguesias como Garvão, Funcheira e Santana da Serra.

Adicionalmente, registou-se uma vítima mortal em Sobral da Adiça, no concelho de Moura, e mais uma pessoa perdeu a vida na estrada que liga Serpa a Brinches, no concelho de Serpa.

Também fortemente assoladas por essa tempestade naquele dia 5 de novembro de 1997, foram as localidades de Quintos, Salvada, Cabeça Gorda e Albernoa, no concelho de Beja.

Imagens: Diário do Alentejo

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