A Rádio Castrense atravessou o Oceano Atlântico, rumo à América do Norte, em conjunto com a comitiva de Castro Verde, convidada para integrar a 38ª Semana Cultural da Casa do Alentejo de Toronto.
No Canadá, vivem atualmente mais de 400 mil portugueses. Os alentejanos, não são exceção.
Encontrámos muitas histórias de vida, junto daqueles que saíram de Portugal há vários anos, em busca de melhores condições de vida.
Francisco Pinto é um desses heróis, que deixou tudo para trás, sem hesitar. É natural de Entradas, concelho de Castro Verde. Dos 90 anos que tem, 67 já foram vividos no Canadá.
Francisco Pinto explicou à Rádio Castrense que “em Portugal a vida era muito má” e não havia possibilidades de emprego à época.
Depressa aprendeu umas palavritas em Inglês. Ao longo de 10 anos, viveu no Canadá sem contactos com portugueses.
Trabalhou cinco dias na agricultura e foi trabalhar para uma companhia de eletricidade.
Francisco Pinto foi muitas vezes a Entradas, a sua terra natal, mas dada a idade avançada, diz que “já não volta”.
Este entradense é um dos principais fundadores da Casa do Alentejo em Toronto. “10 anos seguidos, a Casa do Alentejo foi na minha casa” refere com orgulho.
Ilídio Francisco, 78 anos, é mais um dos alentejanos residentes no Canadá. É natural de Messejana, concelho de Aljustrel. Decidiu mudar de vida em 1974, ano em que atravessou o Atlântico. Em Toronto, trabalhou na área da eletricidade e em carpintaria.
Não se arrepende de ter mudado de vida. Chegou a ganhar mais de 100 mil dólares canadianos por ano.
Quanto a voltar a Portugal, não pensa nisso. Elogia as vantagens de viver no Canadá, com vantagem para a saúde gratuita para todos e a medicação a baixo custo. Ilídio Francisco diz que “Portugal enfrenta várias dificuldades” e o facto de ter os filhos e os netos em Toronto, decidiu que é no Canadá que vai ficar.
Natural da Semblana, concelho de Almodôvar, José Francisco Valeriano, está no Canadá há 36 anos. Trabalha na CN Tower, a terceira torre de TV mais alta do mundo, com mais de 500 metros de altura. Tem um trabalho com um avista privilegiada, no restaurante da torre, onde se servem diariamente centenas de refeições.
À Rádio Castrense, relata a sua experiência. A economia portuguesa foi um dos principais motivos que o fez imigrar para o Canadá. Vive com a mulher e com duas filhas que já nasceram no país. Visita Almodôvar com frequência, mas para viver “está fora de questão”.
O Retrato de vida de alguns alentejanos que deixaram Portugal e construíram vida no outro lado do Atlântico.
Melhores condições de vida em geral, foram motivos mais do que suficientes para que rumassem ao Canadá em busca de um futuro melhor.
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