A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, admitiu que o Governo pode avançar, a curto prazo, com “maiores restrições ao uso” da água no setor, devido à situação de seca que atravessa o país.
Em Évora, a titular da pasta da agricultura realçou a “preocupação” com situação de seca no país, frisando “as medidas de curto prazo, infelizmente, podem passar por maiores restrições ao uso” da água no setor da agricultura.
Maria do Céu Antunes, que falava aos jornalistas no final do Fórum Regional do Alentejo do Programa Bairros Saudáveis, referiu que “as situações difíceis” na área da agricultura “estão identificadas” e têm medidas de contingência previstas.
“Se esta situação continuar, vamos ter necessidade, a todo o tempo, de rever a situação e de aplicar aquilo que está previsto em cada um dos planos de contingência das albufeiras que são de fins agrícolas”, sublinhou.
Porém, segundo a ministra, os responsáveis das albufeiras com as características hidroagrícolas “têm estado a colaborar de forma bastante ativa, nomeadamente para o abastecimento humano”, quando “não existe outra fonte de abastecimento”.
Além de medidas de curto prazo para minimizar os efeitos da seca meteorológica, a titular da pasta da Agricultura defendeu que também é preciso “pensar no futuro próximo” com soluções a longo prazo.
Nesse sentido, revelou, o Ministério da Agricultura “está a abrir um aviso de 12 milhões de euros” para apoiar a instalação de sistemas de precisão para o uso da água nas explorações agrícolas.
“É fundamental que possamos ter sistemas de regadio cada vez mais eficientes”, quer “do ponto de vista do uso da água, mas também da energia”, referiu.
Reconhecendo que, devido à seca, já “há quebras na produção” agrícola, Maria do Céu Antunes assinalou que o Governo tem, desde 01 de março deste ano, um conjunto de apoios para os agricultores.
Fonte : Lusa/Digital















