A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã participou no seminário da Comissão Técnica Independente (CTI), realizado ontem, no LNEC, em Lisboa, e “teve a oportunidade de seguir todas as apresentações dos membros que fazem parte da Comissão Técnica Independente, bem como as justificações da Coordenadora Geral da CTI, sobre as soluções a estudar na 2ª fase”, anuncia a plataforma em comunicado.
Na nota emitida, pode ler-se que, “face ao relevo dado pela comunicação social ao facto do Aeroporto de Beja não constar entre as possíveis soluções a considerar na 2ª fase, a Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã, sem prejuízo de um mais aprofundado esclarecimento sobre o assunto, considera muito importante deixar claro desde já o seguinte”:
A “Plataforma Cidadã SIM! Ao Aeroporto Internacional de Beja”, como se poderá comprovar pela documentação produzida e entregue à CTI, Documento Fundador enviado 16 de janeiro de2023 e Memorando entregue à CTI a 30 de janeiro de 2023, em momento algum defendeu o Aeroporto de Beja como o Aeroporto de Lisboa, antes afirmando, como se pode ler no Documento Fundador “.
A Plataforma lembra que “o mesmo possui condições geográficas e capacidade para servir diretamente uma ampla região do Alentejo e Espanha, como complementarmente os Aeroportos de Faro e Lisboa, face à sua eminente saturação”. Acrescenta ainda que, “a evidência estratégica da localização geográfica do Aeroporto Internacional de Beja corresponder à solução procurada para salvaguarda duma infraestrutura aeroportuária nacional a completar o binómio Lisboa e Faro, no quadro do Sudoeste Ibérico, que se veio a traduzir na formulação “SIM! O Aeroporto de Beja é parte da solução”.
Como foi referido pela Coordenadora-Geral da CTI “O Aeroporto de Beja tem condições para ser o Complementar ao Aeroporto de Faro e ainda outras valências” o que “corresponde inteiramente ao que a Plataforma Cidadã e já anteriormente a Plataforma Alentejo têm vindo a defender. São aliás de sublinhar as repetidas intervenções nesse sentido da Senhora Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e outros altos responsáveis, e não se pode ignorar a Resolução aprovada, sem votos contra, pela Assembleia da República, que recomenda ao Governo a utilização de todas as capacidades do Aeroporto Internacional de Beja” lembra a Plataforma.
Na nota lê-se ainda que, “importa igualmente ter presente que, independentemente da proposta final, que venha a ser apresentada ao Governo pela CTI, irão ser necessários alguns anos para implementar essa solução e até lá o País vai precisar do Aeroporto de Beja pois não há, para além de Beja, nenhum outro aeroporto pronto a utilizar e que reúna as suas condições. Como sucedeu no passado com a Expo-98 ou o Euro-2004, o Aeroporto de Beja irá de novo ser a complementaridade ao Aeroporto de Lisboa para receber milhares de passageiros que se deslocarão a Portugal no quadro das Jornadas da Juventude e da deslocação do Papa Francisco nos meses de Julho e Agosto do corrente ano”.
A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã, “pelas razões atrás expostas, reafirma a necessidade das instituições representativas de todo o Alentejo unirem esforços e vontades e prosseguir com confiança a sua ação em defesa da utilização do Aeroporto de Beja e pela conclusão das suas acessibilidades terrestres, designadamente a modernização e eletrificação de toda a estratégica Linha Ferroviária do Alentejo – Casa Branca-Beja-Ourique/Funcheira – cujo interesse nacional é incontornável e cujo financiamento para o troço Beja-Ourique/Funcheira deve ser assegurado no quadro da atual reprogramação do PRR”.
A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã lembra que se irá realizar o colóquio, constante no Programa da Ovibeja, “Aeroporto de Beja – Construído e Pronto a Funcionar” que irá ter lugar amanhã, dia 29.4.2023, com início às 14,30 horas, no Auditório do NERBE, cuja entrada é aberta a todos, livre e gratuita.