Na sequência da sua reunião no passado dia 10.de abril com o Presidente da AMAL, António Pina e com Joaquim Brandão Pires, Primeiro Secretário daquela instituição, a Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã “SIM! O Aeroporto de Beja é parte da solução” considera da «maior importância que as instituições mais representativas do Alentejo e Algarve reúnam com a máxima urgência, consertem posições e intervenham junto do Governo no sentido deste incluir os trabalhos de renovação e eletrificação do troço ferroviário Beja-Ourique/Funcheira no quadro da reprogramação do PRR em discussão até ao próximo dia 21 de Abril de 2023» anuncia a Plataforma em comunicado.
A mesma fonte sublinha que, «a inclusão do estratégico troço ferroviário Beja-Ourique/Funcheira, é fundamental para garantir a redundância da ligação de Lisboa-Faro; a redundância da ligação entre o Complexo de Sines-Elvas/Badajoz; garantir a ligação direta de Faro com as capitais do Alentejo e a Estremadura Espanhola e destas com o Algarve; para garantir e dar fiabilidade ao crescente transporte de mercadorias entre Sines e o resto do País bem como para o estrangeiro; para servir a Agricultura, as Agro-indústrias e o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva; para servir os coutos mineiros; para responder à crescente e exponencial procura turística no Alentejo; para garantir o transporte de qualidade num território que representa mais de um terço do território nacional; para garantir a competitividade das empresas sediadas no território; para substituir por energia elétrica renovável os combustíveis fósseis hoje consumidos, com os consequentes impactos positivos no ambiente; para evitar que a Linha do Alentejo deixe de ser um ramal incoerente para Beja e passe a ser parte da Rede Ferroviária, como se admite no Plano Ferroviário recentemente submetido à discussão pública; para garantir a melhor utilização do Aeroporto de Beja para servir o seu hinterland e, ao mesmo, ser parte da solução dos graves problemas aeroportuários que o País atravessa, designadamente como solução parcial e complementar aos Aeroportos de Lisboa e de Faro».
A Plataforma lembra que, «o troço ferroviário entre Beja-Ourique/Funcheira existe, não se trata de uma obra nova mas tão só da sua renovação, modernização e eletrificação e a IP- Infraestruturas de Portugal dispõe do estudo da REFER, de Maio de 2015, com base no qual pode arrancar de imediato com os projetos de execução e os concursos para o início das obras, as quais, atendendo ao facto da linha estar no presente desativada, pode avançar em três frentes simultâneas e sem qualquer tipo de impedimentos, o que poderá levar à sua conclusão dentro dos prazos previstos para a execução do PRR».
«Há fundos disponíveis. Há declarações e resoluções públicas favoráveis. Há urgência em avançar para evitar os riscos resultantes da inexistência de soluções alternativas atempadas. À atual linha do Sul. Nada justifica mais adiamentos» detalha a mesma fonte.
A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã decidiu assim «sugerir ao Presidente da CCDR do Alentejo que promova uma reunião urgente com a CCDR do Algarve, todas as CIM.s do Alentejo, a AMAL e os representantes do Governo para que o troço ferroviário entre Beja-Ourique/Funcheira seja considerado para financiamento no quadro da presente reprogramação o que, além do mais, corresponde ao cumprimento da Resolução aprovada pela Assembleia da República, sem votos contra, no passado dia 26 de janeiro, na qual se recomenda ao Governo a eletrificação e modernização da Linha do Alentejo na sua totalidade».