A Direção Regional do Alentejo, em comunicado emitido, “saúda a aprovação, na Assembleia da República, da proposta de Resolução da autoria e iniciativa do PCP para o aproveitamento do Aeroporto de Beja nas suas diversas dimensões e potencialidades”.
O Aeroporto de Beja, diz o PCP, «é um elemento decisivo na promoção da coesão territorial, com repercussões ao nível da riqueza e do emprego que gera».
Os comunistas acrescentam que, se trata de uma infraestrutura que, «pelas suas características, pelas condições de que dispõe, pela sua localização numa posição estratégica entre Lisboa e o Algarve e entre Lisboa e Madrid, assume no atual quadro uma grande importância podendo ser uma das importantes alavancas para o desenvolvimento da região Alentejo».
Recordando as muitas posições e iniciativas do PCP relativas à plena utilização desta importante infraestrutura aeroportuária, «a Direção Regional do Alentejo do PCP considera que a aprovação desta iniciativa do PCP é mais um passo para se inverter uma tendência de subaproveitamento do Aeroporto de Beja que resulta essencialmente da ausência de vontade política, nomeadamente dos sucessivos governos do PS e PSD».
«Infelizmente tal falta de vontade política continua a expressar-se de variadas formas. Seja pela abstenção do PSD na votação desta Resolução, seja nas propostas de alteração impostas pela maioria absoluta do PS ao texto inicial proposto pelo PCP» frisa o partido.
O PCP explica que «eliminam o ponto relativo à mobilização dos “recursos financeiros necessários, aproveitando o Plano de Recuperação e Resiliência, o novo Quadro Financeiro Plurianual, ou ainda pela utilização de verbas do Orçamento de Estado” que constava do projeto inicial, ou seja, a alteração do PS impede a referência à garantia dos meios financeiros para a sua conclusão; alteram o texto relativo à interligação do Aeroporto com o transporte Ferroviário, aceitando a eletrificação de toda a Linha do Alentejo, mas remetendo para “estudo” a variante de ligação ao Aeroporto; impedem que a resolução contemple a conclusão do IP8 em toda a sua extensão (entre Sines e Vila Verde de Ficalho) com duas vias de transito em cada sentido e sem portagens, impondo uma formulação que apenas contempla esse perfil sem portagens entre Sines e a A2 e remete para uma “requalificação” dividida em “duas fases” o restante troço».
O PCP explica, na mesma nota, que «a abstenção do PSD e a imposição das alterações pela Maioria do PS ao texto inicial do PCP inserem-se infelizmente nas manobras demagógicas que por ação ou omissão nunca dão resposta às questões essenciais para se dar o passo necessário no aproveitamento pleno desta infraestrutura e que tentam sempre esconder os responsáveis por o Aeroporto de Beja ainda não ser usufruído na sua plenitude e aproveitado para o desenvolvimento da região Alentejo e do País»-
A DRA «reafirma o empenho do PCP em continuar a luta pela concretização desta importante aspiração da região e do País, ficando agora mais clara a justeza da proposta que apresentámos e as hesitações e recuos dos partidos responsáveis pela política de direita».
Por fim, a Direção Regional do Alentejo do Partido Comunista Português, frisa que, «apesar de amputada, a resolução agora aprovada constitui mais um argumento a favor dos que defendem o pleno aproveitamento das potencialidades do Aeroporto, inseparável do prosseguimento dos esforços para assegurar o financiamento de todas as infraestruturas rodoviárias e ferroviárias que o potenciam, ao mesmo tempo que são indispensáveis para o desenvolvimento da região e do País».