O Alentejo tem vindo a registar
casos de infecção pelo novo Coronavírus de forma gradual.
Segndo o boletim epidemiológico
da Direção Geral da Saúde atualizado esta quarta-feira, 01 de abril, a região
do Alentejo regista 54 casos de infeção pelo novo Coronavírus, ou seja, mais
quatro casos em relação ao dia de ontem.
Na região do Baixo Alentejo,
concretamente no distrito de Beja, existem 11 casos positivos registados até
agora, 68 pessoas encontram-se em vigilância ativa e existem ainda 81 pessoas
que aguardam resultados dos testes à COVID-19.
Em Portugal há agora 8251
pessoas infetadas pelo novo Coronavírus. Há ainda 43 pessoas dadas como
recuperadas.
Lamentavelmente, a COVID-19 já
causou a morte a 187 pessoas em Portugal.
De acordo com a DGS, há neste
momento 59457 casos suspeitos e ainda 4 957 pessoas a aguardar os
resultados dos testes.
Sem
meias palavras o presidente da Federação das Associações de Bombeiros do
Distrito de Beja diz que a realidade “não pode ser ocultada”.
Domingos Fabela sublinha que “as nossas corporações de
bombeiros estão numa situação aflitiva. É esta a realidade pura e dura”.
O mesmo
acrescenta que “existe uma gritante escassez de
equipamentos de proteção individual e com as normas que saíram da Direção
Geral de Saúde vamos ficar numa situação inócua, ou seja, a nossa capacidade
operacional é bastante reduzia!.
Domingos Fabela acrescenta que “os equipamentos
que recebemos são manifestamente insuficientes” e, por outro lado, não temos
capacidade financeira para ir ao mercado comprar material”.
Para o Presidente das Associações de Bombeiros do Distrito de Beja “a situação é muito complicada, é frustrante não conseguirmos dar respostas a eventuais situações que venham a ocorrer no âmbito da COVID 19, porque não temos condições para o fazer” lamenta este responsável.
O presidente
da Câmara de Ourique defende que “quem vier por estes dias
para o concelho de Ourique, deve fazer quarentena.
“Se apelamos aos ouriqueneses para que fiquem em casa e cumpram as diretrizes da
Direcção Geral de Saúde, temos que ser claros também no sentido de
apelar à sensibilidade de quem vem para Ourique que faça quarentena, pois só
assim, todos juntos ,conseguiremos combater com eficácia a COVID 19”.
O Presidente do Município de Ourique destaca que “nunca é demais relembrar que esta é uma batalha de todos, ninguém pode oscilar e os comportamentos preventivos são para cumprir escrupulosamente” salienta, Marcelo Guerreiro.
“A agricultura não para. Não pode parar.” As palavras são de Rui Garrido Presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo.
O Presidente da FAABA acentuou que “a agricultura não pode parar porque os animais precisam de comer, as culturas continuam os seus ciclos biológicos e por isso têm de continuar a ser tratados, as frutas e os legumes têm de ser apanhados. Alguns receios que temos é que não falhem, para alguns alimentos, o transporte e os canais de escoamento. Tirando isso, devemos continuar a trabalhar com normalidade, com precauções acrescidas, por exemplo, em colheita de culturas que exigem mais gente e maior proximidade entre as pessoas”.
Uma das preocupações manifestadas ainda por Rui Garrido relaciona-se com as consequências da falta prolongada de chuva, razão pela qual sublinhou que, “à margem de uma reunião do Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva – CAR Alqueva, de que a FAABA faz parte, poderia ter trocado impressões com a Ministra da Agricultura sobre esta situação, caso a Ministra tivesse presidido à reunião, o que não aconteceu por “motivos de força maior”, relacionados com a situação que o país vive atualmente.
Retificamos e contextualizamos, a pedido do próprio, a notícia anterior sobre esta matéria. Esta foi apenas uma nota e não uma crítica. E ressalvamos que não estava agendada nenhuma reunião da FAABA com a Ministra da Agricultura. Por outro lado, a chuva dos últimos dias faz antever melhorias no desenvolvimento vegetativo das plantas, importando, contudo, ir monitorizando a evolução da situação.
Para o presidente do Mineiro
Aljustrelense, a única equipa do Baixo Alentejo no Campeonato de
Portugal, Série D, “o futuro da competição, que foi
interrompida depois do surgimento da COVID 19, “está nas mãos da Federação Portuguesa de
Futebol”. Segundo Rui Saturnino, “neste momento verifico que há vários
interesses consoante as ambições dos clubes, os que lutam para descer
e os que querem subir”.
A Comissão dos clubes que estão a
participar no Campeonato de Portugal apresentaram uma proposta à Federação para
que sejam criadas duas séries nesta
competição. “Creio que criação de dois patamares seria a ideia mais
interessante e até foi recebida com apreço pela Federação. Vamos ver
o que decide, sendo que não está posta
de parte, tal como aconteceu com os escalões de formação, das
competições serem canceladas”
afirma Rui Saturnino.
Saturnino julga que “no final desta semana já haverá uma resposta a esta que é a nossa principal interrogação de momento” frisa o presidente da equipa tricolor.
O Boletim Epidemiológico da
Direção Geral da Saúde, atualizado ao início desta tarde, revela que o Alentejo
já conta com mais cinco casos de infeção pelo novo Coronavírus. A região
regista agora um total de 50 casos. O Alentejo é também a única região do
continente nacional que, felizmente, não tem qualquer óbito por COVID-19.
Em todo o território nacional,
há já 7443 pessoas infetadas. Existem ainda 4610 pessoas a aguardar os
resultados das análises realizadas.
Quanto ao total de doentes
recuperados, sobe agora aos 43.
No Boletim epidemiológico de
hoje, a DGS sublinha ainda a existência de 52086 casos suspeitos em Portugal.
Portugal soma, à data de hoje,
160 vítimas mortais por COVID-19.
De acordo com uma sondagem
divulgada ontem, 30 de março, realizada pela Intercampus para o Jornal de
Negócios e CM/CMTV, a cidade de Beja é a localização preferida pelos inquiridos
para ser o local do novo aeroporto.
Na
sondagem, na qual foram realizadas 611 entrevistas, a localização do novo
aeroporto em Beja teve, uma correspondência de 18,8%. Já o Montijo obteve
15,5%.
Os inquiridos nesta sondagem, tinham como opções de escolha Beja, Montijo, Alcochete, Alverca, Ota e a existência apenas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Aeroporto de Beja é o único no Continente português com capacidade para acolher o AirBus A-380
Beja
e Montijo foram as opções mais fortes entre os inquiridos, mas nenhuma das
possibilidades apresentou consenso. A seguir a estas, seguiu-se uma hipotética
localização Alcochete com escolha de 11,3%, Portela com 10% a achar que Portela
é suficiente, Alverca com 5,7% e Ota com 4,7%. Nesta sondagem 33,9% dos inquiridos
não soube responder às questões colocadas.
A
opção do novo Aeroporto no Montijo é a mais defendida pelos inquiridos
residentes na região de Lisboa, com 19,3%. Para estes, Beja é a segunda melhor
solução (16,9%), seguindo-se Alcochete (15,1%), Portela (14,5%), Alverca
(10,8%) e Ota (3%). Já a localização do Aeroporto em Beja recolhe o apoio de 42,2% dos inquiridos
que moram no Alentejo.
Quanto
ao poder de veto, relativamente à construção do Novo Aeroporto no Montijo, por
parte dos municípios da Moita e Seixal, 59,1% considera que o deviam fazer,
enquanto 26,5% entende que não devem ter esse direito.
A
maioria dos inquiridos, 77,1%, considera ainda que as populações abrangidas
pela construção do futuro aeroporto complementar devem ser ouvidas em
referendo. Apenas 13,7% dos inquiridos entende que não.
O
Governo e a ANA – Aeroportos assinaram, no início de 2019, um acordo para o
reforço da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, envolvendo um
investimento no atual aeroporto General Humberto Delgado e na construção do
Montijo da ordem dos 1,15 mil milhões de euros. Apesar da contestação por parte
de autarcas, ambientalistas e outras entidades sobre a localização da futura
infraestrutura, o Governo tem afirmado que a decisão está tomada e que não irá
reabrir essa discussão.