A Liga para a Proteção da Natureza (LPN) anunciou, esta quarta-feira, que apresentou uma queixa-crime contra responsáveis agrícolas pela destruição de cinco lagoas temporárias mediterrânicas no concelho de Odemira, um habitat protegido pela União Europeia.
Em comunicado, a LPN explicou que a participação criminal contra responsáveis agrícolas pela destruição das lagoas, por cinco crimes de dano contra a natureza, foi apresentada no Ministério Público de Odemira.
Explica a associação ambientalista que “em causa está a destruição de cinco Lagoas Temporárias Mediterrânicas, habitat prioritário da Diretiva Habitats da União Europeia, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina”.
A LPN realça no comunicado “os últimos sobreviventes de uma das mais importantes concentrações de lagoas temporárias no país foram destruídos em 2019, após a terraplanagem de terrenos para a exploração intensiva de culturas de morangos”, em Odemira.
Com a queixa-crime agora apresentada, a entidade ambientalista assumiu que pretende “responsabilizar a ocorrência e os seus autores, promovendo a salvaguarda destes valiosos habitats e realizando o restauro das lagoas agora destruídas e da biodiversidade que albergavam”.
No comunicado, a LPN apela ainda à “rápida aplicação da legislação que não está a ser cumprida” no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).
Segundo a LPN, “é importante criar medidas agroambientais que ajudem os proprietários e agricultores a participar de forma ativa na conservação dos valores naturais desta área protegida”.
Fonte : Lusa /site LPN















