Em comunicado emitido, a Distrital de Beja do PSD vem dizer que “numa semana, a Federação Socialista do Baixo Alentejo já falou mais da A16 do que falou em 8 anos”.
“Este final do governo da AD poderia tornar-se motivo de chacota nacional”, afirma a mesma nota de imprensa. “Chacota nacional é aquilo que o Partido Socialista tem feito com a nossa região, tem gozado, literalmente, com os baixo alentejanos, promovendo expetativas nas pessoas, para depois de mais um voto de confiança acabar por desiludir, sempre, e deixando-nos no estado em que nos encontramos, na cauda de Portugal e sem esperança” diz Gonçalo valente.
“Se verborreia do deputado do PPD-PSD por Beja é lutar e colocar, sempre, os interesses da região à frente do partido, trabalhando arduamente junto do Governo para recuperar o tempo perdido, então que assim seja”, diz o deputado da AD. Gonçalo Valente diz “perceber que esta postura incomode os socialistas e muitos não a entendem, porque, simplesmente, não sabiam o que era vestir, verdadeiramente, a camisola do Baixo Alentejo em detrimento da camisola do partido”.
Na nota emitida pelo partido laranja, pode ler-se que “acusar este Governo de um pacote nacional, onde se incluía a A26, como promessa eleitoral, quando o Governo assumiu o compromisso, publicamente, um mês antes do PS iniciar o assalto ao poder, é ridículo”. Gonçalo Valente faz questão de recordar que, “no dia 12 de fevereiro de 2025, sem que ninguém fizesse prever uma queda do Governo, o Governo já tinha assumido o compromisso de incluir esta obra na resolução do Conselho de Ministros, como anunciámos na comunicação social”.
“Levantam os socialistas um conjunto de dúvidas: Existe um projeto, terá é de sofrer algumas alterações em virtude da reabilitação do IP8. Temos um traçado conhecido sujeito a algumas alterações devido ao tempo de suspensão. Expropriações estão feitas. A declaração de impacto ambiental mesmo que tenha cerca de 10 anos, não há nada que nos faça pensar que há uma avaliação diferente daquela que foi feita. Ao fazerem estas afirmações, só mostram as razões pelas quais fomos abandonados e esquecidos até 2024” sublinha o deputado laranja eleito por Beja.
“Em 8 anos por que razão não reiniciaram os trabalhos, se queriam tanto a sua conclusão?” questiona o mesmo.
Gonçalo Valente explica ainda que “esta obra parou em 2012 em virtude da perda de financiamento do consórcio a quem foi adjudicada esta empreitada. Nessa altura o Governo de Pedro Passos Coelho estava a salvar o país, mais uma vez, da bancarrota em que o PS o deixou. Houve uma renegociação da concessão devido ao momento que o país atravessava” diz.
“O próprio Presidente do Município de Beja, à altura, Jorge Pulido Valente, assumiu à imprensa que compreendia a necessidade de renegociação da concessão, sem pôr em causa a necessidade da obra” adianta Gonçalo Valente.
“Vou-me abster de opiniões quanto ao discurso de que os candidatos do PS nas próximas legislativas vão apresentar-se com obra feita na região. É a noção que têm das coisas, resta-me dizer que se eu tivesse sido deputado do PS neste último ciclo governativo, teria vergonha de me apresentar a votos e ter de encarar as pessoas na rua para lhe pedir a sua confiança”, pode ainda ler-se na nota remetida à Rádio Castrense.