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Domingo, Julho 13, 2025

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Deputado Pedro do Carmo questiona Governo sobre a degradação do serviço de transporte ferroviário entre Lisboa e Beja

O deputado do Partido Socialista, Pedro do Carmo, interpelou o Ministro das Infraestruturas e Habitação, exigindo esclarecimentos urgentes sobre a degradação do serviço de transporte ferroviário entre Lisboa e Beja. A iniciativa parlamentar surge na sequência de inúmeras queixas de cidadãos do Baixo Alentejo, que relatam uma série de episódios preocupantes e a necessidade premente de melhoria das condições de conforto das composições.

Na sua pergunta dirigida ao governante, Pedro do Carmo sublinhou que a mobilidade é um pressuposto fundamental para as comunidades e territórios, assumindo particular relevância no Interior, onde os meios de transporte são mais escassos e as distâncias maiores. O deputado lamentou que, ao longo dos anos, o transporte ferroviário não tenha merecido a atenção e o investimento que o seu potencial de sustentabilidade e rapidez justificaria, considerando o distrito de Beja uma “vítima de insuficientes investimentos estruturais”. Embora reconheça que “não há soluções milagrosas”, o parlamentar socialista defende que “há um caminho que tem de ser feito e mínimos de respeito pelos baixo alentejanos que têm de ser observados”.

Pedro do Carmo classificou como “quadro de miséria” e “inaceitável” a situação relatada pelos passageiros do comboio entre Lisboa e Beja, que, segundo ele, “não observa mínimos de respeito pelos cidadãos que acedem à oferta da CP”. O deputado exemplificou a situação com o suposto desvio de composições que antes faziam a ligação Lisboa-Évora para a Linha da Beira Baixa, após um acidente no Fundão, resultando na utilização de automotoras alternativas sem ar condicionado, sem conforto e mais lentas. Esta realidade é ainda mais grave face às altas temperaturas que se têm registado, “muito acima dos 30 graus”. O deputado deu ainda nota de um episódio insólito em que um atraso foi causado pela retenção de um maquinista no elevador da estação da Casa Branca, sem que houvesse alternativa de condução até à sua libertação.

Perante este cenário, Pedro do Carmo colocou um conjunto de questões ao Ministro. Questionou se é verdade que as composições que realizavam o transporte ferroviário entre Lisboa e Évora, servindo os utentes do Baixo Alentejo, foram desviadas para a Linha da Beira Baixa. Quis saber como o Governo pretende minorar os impactos negativos da evidente desadequação da solução adotada para o transporte entre a Casa Branca e Beja, face à falta de ar condicionado e menor conforto, especialmente no atual período de canícula.

Pedro do Carmo perguntou ainda quando serão repostas composições que melhorem a qualidade do transporte de passageiros nesta fase de temperaturas elevadas e como o Governo pretende minorar este quadro “inaceitável” no transporte dos cidadãos. O deputado quis também saber como tenciona o Governo responder às reivindicações da Assembleia Municipal de Beja, que exige alternativas de transporte rodoviário para as populações durante o período de encerramento da linha ferroviária entre 2026 e 2027, apelando à criação de medidas para minimizar o impacto social e económico, nomeadamente o “não encerramento total da linha, sempre que operacionalmente seja viável”, e o “transporte alternativo apenas nos troços mais curtos intervencionados entre estações”.

Por fim, Pedro do Carmo questionou se o Governo não prevê “planos de investimento adicionais, incluindo a reabertura do troço Beja-Funcheira e a ligação ferroviária ao aeroporto de Beja, para que possam potenciar ainda mais a importância estratégica da linha do Alentejo”.

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