Na sua página on line, a Confederação Nacional da Agricultura denuncia “os acidentes com tratores são um dos mais graves problemas a afetar a Agricultura Familiar“.
A formação é da maior importância para a lavoura nacional na medida em que “continuamos a ser confrontados, todas as semanas, com notícias de mortes e lesões incapacitantes na sequência de acidentes com tratores”.
De acordo com a GNR, em 2022 registaram-se 561 acidentes com veículos agrícolas, dos quais resultaram 47 vítimas mortais e 64 feridos graves.
Para a CNA, estes acidentes são uma tragédia nacional e um dos mais graves problemas a afetar a Agricultura Familiar, mas não tem de ser uma inevitabilidade.
As máquinas e os tratores agrícolas e florestais são responsáveis pela maioria dos acidentes de trabalho no sector, sendo Portugal um dos países da Europa com mais acidentes com tratores.
Destaca a Confederação Nacional da Agricultura que “considerando que em Portugal estão registados quase 200 mil tratores agrícolas, que é indiscutível que operar estas máquinas constitui um risco de acidentes laborais e que a formação, além de obrigatória, é um factor determinante para a prevenção e redução destes acidentes”
A CNA, sublinhando a importância desta formação, reitera a inevitabilidade do Ministério da Agricultura e da Alimentação prorrogar este prazo, pelo menos por mais um ano. Reclama, ainda, a desburocratização do processo e o reforço de meios do Ministério da Agricultura para a boa concretização desta formação, por forma a assegurar que todos os agricultores que dela precisam e a queiram fazer tenham acesso a um curso nesse período suplementar.