O Município de Castro Verde e a União de Freguesias de Castro Verde e Casével promovem hoje, dia 31 de maio, uma Cerimónia de Homenagem Póstuma aos arqueólogos Maria e Manuel Maia, fundadores e antigos conservadores do Museu da Lucerna, gerido pela CORTIÇOL CRL, e duas figuras de referência na arqueologia nacional.
A iniciativa decorre a partir das 11h30, no Largo Vítor Prazeres, junto ao Museu da Lucerna, em Castro Verde, e “pretende valorizar o trabalho dos dois saudosos investigadores que muito contribuíram para a definição da história local e do país” destaca a Câmara de Castro Verde.
A mesma fonte revela que, “durante esta cerimónia será inaugurada uma escultura da autoria do designer castrense Joaquim Rosa, uma peça em pedra, concebida como homenagem à vida, ao trabalho e ao legado dos dois arqueólogos”. Assente numa linguagem simbólica, a peça é composta por uma coluna troncocónica de pedra calcária que se ergue verticalmente e é rasgada ao meio, criando duas metades desencontradas, uma divisão que espelha tanto a individualidade de cada um, como a complexidade da relação que ambos partilharam ao longo da vida.
A autarquia explica que, “a proposta de homenagear Maria e Manuel Maia partiu de um grupo de cidadãos (Carlos Júlio, Fernando Caeiros, José Francisco Colaço Guerreiro, Joaquim Rosa e Samuel Melro), tendo a execução da peça escultórica de homenagem sido assegurada pela Câmara Municipal de Castro Verde e pela União de Freguesias de Castro Verde e Casével que, desde a primeira hora, se associaram a esta justa homenagem, que pretende reconhecer publicamente Maria e Manuel Maia”.
Maria e Manuel Maia desenvolveram grande parte da sua atividade em Castro Verde, “sempre com rigor científico, paixão e compromisso cívico, que em muito contribuiu, de forma indelével, para a identidade cultural e patrimonial deste território” enaltece a Câmara Municipal de Castro Verde.
O seu trabalho “deixa um importante legado às gerações futuras, do qual se destaca a descoberta de um complexo religioso romano e paleocristão, em Santa Bárbara de Padrões, de onde se recolheu o maior conjunto de lucernas romanas conhecido a nível mundial, com cerca de vinte mil peças, e que esteve na génese do Museu da Lucerna”.