Há 23 anos, a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) tem liderado uma campanha crucial de prevenção de afogamentos de crianças e jovens em Portugal. Nos últimos quatro anos, esta iniciativa ganhou um reforço significativo com a parceria da Guarda Nacional Republicana (GNR), um esforço conjunto que se mantém, infelizmente, mais relevante e urgente do que nunca.
O objetivo primordial da campanha continua a ser a sensibilização das famílias para a forma insidiosa como os afogamentos infantis ocorrem: rapidamente, silenciosamente e mesmo em pouca água. A APSI e a GNR insistem na importância de relembrar e aplicar rigorosamente as medidas de segurança junto de qualquer corpo de água – sejam piscinas, tanques, praias, rios, barragens ou outros ambientes aquáticos, independentemente da sua profundidade.
Para uma consciencialização mais direta e abrangente, os militares da GNR estão no terreno desde 16 de junho e permanecerão até 30 de setembro. À semelhança dos anos anteriores, a sua missão é alertar as famílias, tanto residentes como turistas, para a adoção de práticas preventivas, garantindo assim um verão e umas férias em segurança para todos.
A análise dos mais recentes relatórios e da infografia disponibilizada sobre os casos de afogamento de crianças e jovens em Portugal revela um cenário preocupante. Os dados mostram que, na década passada, a média anual de mortes por afogamento situava-se abaixo das dez (8,9 por ano na maioria dos anos). Contudo, na década atual, estes números são absolutamente devastadores, com a média anual a ascender para 14 mortos. Alarmantemente, as chamadas para o 112 relacionadas com incidentes de afogamento (incluindo acidentes de mergulho) também têm registado um aumento contínuo.
Estes números reforçam a necessidade premente da continuidade e intensificação das campanhas de prevenção, sublinhando que a vigilância constante e a adoção de medidas de segurança são essenciais para evitar mais tragédias.
A APSI e a GNR esperam que a divulgação destes dados e da infografia ajude a sociedade a compreender e a perceber a dimensão deste problema, impulsionando uma maior responsabilidade coletiva na prevenção de acidentes aquáticos em Portugal.