O Município de Beja recuperou anteontem, por Escritura Pública, 7 dos 9 lotes que tinha alienado em dezembro de 2018 e em dezembro de 2019 na Zona de Acolhimento Empresarial Norte – 1.ª fase a duas empresas que, “pouco depois de escriturarem os mesmos deixaram de estar contactáveis e não procederam à execução dos investimentos acordados” adianta Paulo Arsénio.
O presidente da Câmara de Beja explica que “a reversão dos lotes foi feita depois de contactos mantidos com o administrador de insolvência da “Magnoliavulso” que tinha adquirido os lotes para a instalação de uma unidade de produção de cerveja de capitais espanhóis, tendo depois desistido do empreendimento nos lotes e deixado de ser/estar contactável”.
“Os lotes que o Município recuperou para o seu domínio tinham sido alienados em 10/12/2019, por € 58.653,13, tendo a recompra sido feita exatamente pelo mesmo valor”, explicou ainda o autarca.
O maior dos lotes tem 2.306 m² e o menor tem 1.270,00 m².
“Esta é uma boa notícia e aquilo que poderia transformar-se num exercício muito difícil, moroso e complexo de recuperação acabou por correr bem” detalha
O autarca de Beja explica que, «nos restantes 2 lotes, escriturados em 05/12/2018 para a “Fábulas Relevantes, Unipessoal, Lda.”, igualmente de capitais espanhóis e que se propunha instalar uma unidade industrial de massas frescas, a situação é bem mais complexa uma vez que os lotes se encontram penhorados por via de dívidas elevadas da sociedade quer a um banco, quer à Autoridade Tributária».
O Município, «em sede judicial, tudo fará para fazer valer as melhores opções possíveis» conclui o presidente da Câmara de Beja.
