O Bloco de Esquerda (BE) de Beja manifestou a sua preocupação com a segurança dos cidadãos, mas rejeitou a ideia de que a criminalidade seja um “problema inventado pela direita”, opondo-se a propostas como o aumento da videovigilância e a criação de uma polícia municipal. Para o Bloco, as medidas de segurança devem focar-se em perigos reais, muitos dos quais “resultam da alegada negligência do executivo camarário, especialmente no que toca à proteção civil”.
Com base na experiência de vários bombeiros que integram as suas listas aos órgãos municipais e de freguesia, o BE aponta o dedo a “diversas falhas que colocam em risco a eficácia operacional dos soldados da paz e a segurança dos bejenses”. O partido denuncia o “subfinanciamento crónico dos Bombeiros de Beja”, uma situação que afirma ser “um problema nacional, mas agravado no contexto local”. Para além disso, alerta para a “falta de proteção laboral do corpo de Bombeiros”, exigindo a “resolução desta precariedade”.
O Bloco de Esquerda sublinha ainda problemas técnicos e logísticos, como a “pouca pressão de água nas bocas de incêndio na cidade, o que obriga os veículos de maior dimensão a circular em zonas urbanas já congestionadas”. A situação estende-se ao meio rural, onde é lamentada a “falta de um levantamento do estado dos pontos de água nas freguesias”. Na cidade, o “estacionamento desordenado” no centro histórico é visto como um obstáculo crítico, “dificultando o acesso de veículos de emergência a zonas sensíveis como o Lar da Mansão de São José e o Lar Nobre Freire”.
Por fim, o partido revela a “falta de um gerador de energia operacional na sede dos bombeiros, essencial em caso de falha de eletricidade”.
A candidatura do BE compromete-se a resolver estas questões, prometendo “implementar medidas em articulação direta com a corporação de Bombeiros de Beja”.