Desde há muito que Portugal é apontado como um país onde o consumo de antidepressivos e ansiolíticos é elevado. De acordo com a OCDE, Portugal está em quinto lugar.
A pandemia da Covid-19 elevou os problemas de saúde mental. Os profissionais de saúde, receiam que as perturbações nos próximos meses possam aumentar, devido “às graves consequências” sociais e económicas que possam resultar de crise que se arrasta há mais de quatro meses.
Ana Matos Pires, diretora do Departamento de Psiquiatria do Hospital de Beja, em declarações à Rádio Castrense, vincou que esta pandemia, parecendo um paradoxo “conseguiu trazer a saúde mental para a praça pública, falou-se mais nestes quatro meses do que na última década”.
Ana Matos Pires revelou que foram feitas muitas avaliações, a nível nacional, “sobre o efeito imediato da doença”, por isso, agora existe a “obrigação, de num período de seis meses, saber como estão as pessoas e quais são as patologias que prevalecem”.
A situação de isolamento, de incerteza quanto ao futuro, vai levar a um aumento dos problemas de ansiedade e estados depressivos e consequentemente a um aumento das perturbações mentais.