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Sexta-feira, Março 14, 2025

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Morreu Carlos Caçador, primeiro presidente em democracia da Câmara de Barrancos

Carlos Caçador Durão, o primeiro presidente da Câmara de Barrancos (Beja) eleito em democracia, morreu ontem, aos 89 anos, disse à agência Lusa o atual autarca daquele município, Leonel Rodrigues.

A Câmara de Barrancos decretou três dias de luto municipal, desde hoje e até sábado, com a bandeira do município a meia haste, segundo um comunicado divulgado pela autarquia e assinado pelo presidente.

Em declarações à agência Lusa, Leonel Rodrigues revelou que o funeral do antigo autarca realiza-se na sexta-feira, às 10:00, para o cemitério da vila.

“Foi aquele que iniciou os caminhos da democracia em Barrancos e a ele se devem as primeiras obras em democracia”, pelo que são “importantíssimas estas honras e respeito por alguém que foi presidente de câmara”, destacou.

De acordo com dados biográficos consultados na Internet pela agência Lusa, Carlos Caçador Durão foi presidente da Câmara de Barrancos entre 01 de janeiro de 1977 e 31 de dezembro de 1982 (dois mandatos), eleito pela APU, candidatando-se, nas eleições seguintes, pelo PS, partido pelo qual foi eleito vereador.

Num comunicado divulgado hoje, o deputado socialista Pedro do Carmo, eleito pelo círculo de Beja, anunciou que, mal a Assembleia da República retome a atividade, vai apresentar “um voto de pesar pela perda de um democrata que se bateu por Barrancos e pelos barranquenhos”.

“A Casa da Democracia deve honrar os seus democratas nos diversos patamares do serviço público, quantas vezes, como é o caso, muito longe dos centros de decisão, sem perder a determinação em fazer o melhor pelos portugueses e por Portugal, em todo o território nacional”, justificou.

Carlos Caçador Durão foi, além de militante do PS, um homem “comprometido à sua terra pelo amor à sua identidade e às suas gentes”, argumentou Pedro do Carmo.

“Serviu as suas gentes com importantes marcas de desenvolvimento local, num momento em que país, libertado do Estado Novo, se confrontou com tantos desafios, necessidades e ambições individuais e comunitárias”, evocou, endereçando, tal como o autarca Leonel Rodrigues, condolências à família de Carlos Caçador Durão.

Em Nota de Imprensa, a Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista “lamenta profundamente o falecimento do camarada Carlos Caçador Durão, ilustre barranquenho e socialista, que durante mais de 40 anos trabalhou em prol das populações, da sua terra e da região do Baixo Alentejo”.

Os socialistas sublinham que “é com enorme pesar e tristeza que o PS e os seus militantes e simpatizantes apresentam os mais sinceros e sentidos pêsames aos seus familiares, esposa, filhos, netos e amigos”.

Também em comunicado, Pedro do Carmo, deputado do PS eleito pelo círculo eleitoral de Beja, recorda que Carlos Caçador “serviu as suas gentes com importantes marcas de desenvolvimento local, num momento em que país, libertado do Estado Novo, se confrontou com tantos desafios, necessidades e ambições individuais e comunitárias”.

“Amargurado pela perda da vivência e da presença física de um homem livre, comprometido à sua terra pelo amor à sua identidade e às suas gentes, militante do Partido Socialista de tantos combates nas últimas décadas, não deixarei de, como deputado eleito pelo seu círculo eleitoral, apresentar um voto de pesar na Assembleia da República pela perda de um democrata que se bateu por Barrancos e pelos Barranquenhos” revela Pedro do Carmo.

Na mesma nota, pode ler-se que, “a Casa da Democracia deve honrar os seus democratas nos diversos patamares do serviço público, quantas vezes, como é o caso, muito longe dos centros de decisão, sem perder a determinação em fazer o melhor pelos portugueses e por Portugal, em todo o território nacional”.

“Ficamos mais pobres, mais responsáveis pelo seu legado e inspiração” diz o deputado do PS, enquanto endereça “à família e aos Barranquenhos, as mais sentidas condolências”.

Rádio Castrense com Lusa

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