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Quarta-feira, Dezembro 3, 2025

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CIMBAL “inquieta com atraso na eletrificação da Linha Casa Branca-Beja

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), António José Brito, manifestou “alguma inquietação” perante o novo horizonte temporal para a modernização, requalificação e eletrificação da linha ferroviária Casa Branca-Beja, considerando que o projeto “não pode continuar a ser sucessivamente adiado”.

As declarações surgem na sequência da reunião realizada na terça-feira, em Évora, entre a comissão diretiva do Programa Operacional Regional Alentejo 2030, a empresa Infraestruturas de Portugal (IP) e a CIMBAL. O encontro serviu para clarificar o “enquadramento financeiro” e o “estado de maturidade” do projeto.

Um dos pontos de maior preocupação para o autarca de Castro Verde ne presidente da CIMBAL foi a confirmação, pelos responsáveis do Alentejo 2030, da revisão da dotação financeira do projeto, que passou de cerca de 80 milhões de euros para 20 milhões.

António José Brito sublinhou a sua insatisfação, frisando que o Ministério das Infraestruturas “terá de clarificar” o que acontecerá aos 60 milhões de euros que o investimento “perdeu” da dotação do Alentejo 2030. “Não podemos deixar de assumir alguma inquietação com um horizonte de execução que vai até 2032,” disse o presidente da CIMBAL, reconhecendo que serão “seis anos longos e exigentes, para mais com dúvidas fundadas sobre o respetivo financiamento.”

Apesar da redução, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo garantiu que os 20 milhões de euros fixados continuarão a apoiar intervenções que adquiram maturidade, com prioridade para o primeiro troço, de 25,6 km.

Como nota positiva, António José Brito revelou que os representantes da IP confirmaram na reunião que o concurso da obra será “integralmente lançado” no início de 2026. O projeto será dividido em três lotes a executar até 2032: o primeiro entre Casa Branca e Vila Nova da Baronia; o segundo entre esta localidade e Cuba; e o terceiro de Cuba até Beja. O autarca considerou este avanço como “a parte positiva” por “assegurar formalmente um caminho concreto”.

Além do troço Casa Branca-Beja, o presidente da CIMBAL lamentou o estado da ligação ferroviária ao aeroporto de Beja. “Pelo que nos foi transmitido pela IP, está praticamente no ponto zero, o que é obviamente mau”, afirmou.

Concluindo o seu balanço, António José Brito foi taxativo: “Em suma, o Baixo Alentejo continua a contar pouco para quem tem a responsabilidade de nos governar. E isto, para os municípios e para os baixo-alentejanos, é completamente inaceitável e preocupante.”

Rádio Castrense / Lusa

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