Castro Verde aprovou Orçamento “desafiante e exigente”

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A Câmara Municipal de Castro Verde aprovou esta quarta-feira, 2 de dezembro, as Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento de 2026, no valor de € 23.480.000, com duas abstenções dos eleitos da CDU. Os documentos configuram o início de um novo ciclo autárquico, até 2029, depois das eleições autárquicas realizadas em outubro, adianta a autarquia.

Confiante que a Câmara Municipal “continuará a ser capaz de fortalecer o compromisso e a exigência no serviço público prestado aos cidadãos” do concelho, o Presidente da Câmara Municipal, António José Brito, não esconde que o Orçamento, “em certa medida, é afetado pela escassa ambição do Governo” na transferência de recursos financeiros para as autarquias locais através do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF).

“Em 2026, no caso da Câmara de Castro Verde, registamos um aumento irrelevante de 2,8% nas transferências do Orçamento de Estado. É, de longe, o mais baixo dos últimos 10 anos”, revela o autarca, adiantando que o Município “receberá em 2026 apenas mais € 352.015 do que em 2025”, o que representa um aumento de pouco mais de € 29.000 por mês” – “Este aumento tão fraco poderá conter a ambição da autarquia para alguns projetos”, refere.
Por outro lado, no quadro dos fundos comunitários, o Presidente da Câmara Municipal sublinha que, “depois do significativo atraso na operacionalização do programa Alentejo 2030, há agora uma ‘vigilância apertada’ da Autoridade de Gestão, naturalmente imposta pelo Governo, quanto à necessidade de rápida execução”.

“Obviamente, por um lado, essa imposição é desafiante, mas, noutro sentido, pode limitar a concretização de investimentos, porque exige muita maturidade nos projetos”, alerta António José Brito, confiante que Castro Verde “tem condições para um bom desempenho” neste âmbito.

Os documentos das Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2026 serão submetidos a apreciação e votação na Assembleia Municipal de Castro Verde no dia 16 de dezembro de 2025.