A APROVESA, Associação de Vinhos e Espirituosas do Alentejo, veio a público manifestar a sua indignação e contestar a Resolução do Conselho de Ministros n.º 133/2025, que atribui um apoio extraordinário de 0,50€ por quilo de uva para destilação, exclusivamente aos viticultores da Região Demarcada do Douro. Em comunicado, a associação classificou a medida como “discriminatória” e “desequilibrada”, argumentando que a crise que afeta o setor vitivinícola é de âmbito nacional e não se restringe a uma única região.
Segundo a APROVESA, o Alentejo, responsável por cerca de 16% da produção nacional de vinho, enfrenta os mesmos desafios que o Douro, como a retração do consumo, a inflação e o aumento dos custos de produção. A associação destaca a injustiça de as restantes regiões vitivinícolas do país não beneficiarem de medidas semelhantes, o que, no seu entender, distorce a concorrência e cria desigualdades no setor. A APROVESA acusa ainda o Governo de incoerência com os princípios de equidade territorial e sustentabilidade da Política Agrícola Comum (PAC), salientando que o Alentejo, mais exposto a fenómenos climáticos extremos, também necessita de apoio para a transição sustentável.
A associação exige uma explicação por parte do Ministério da Agricultura sobre as medidas previstas para as outras regiões vitivinícolas e o respetivo “envelope financeiro”. A APROVESA conclui a sua tomada de posição reafirmando que a crise é nacional e, por isso, a resposta do Governo deve ser igualmente abrangente a todo o país.















