A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) emitiu um comunicado a criticar o anteprojeto “Trabalho XXI”, pedindo reformas que respeitem a liberdade e a autonomia das famílias. A associação expressou preocupação com as medidas da proposta de reforma da legislação laboral que, na sua perspetiva, têm um impacto negativo na autonomia familiar, na sua organização e na natalidade.
Segundo a APFN, a chave para combater a grave crise demográfica do país e do continente europeu passa por “melhorar o ambiente em torno da questão da maternidade e da paternidade para que estas deixem de ser vistas como uma ameaça à segurança financeira e profissional dos homens e das mulheres.”
A associação critica a abordagem do Governo, que considera ver a maternidade e a paternidade com “suspeição” e como “obstáculos ao desenvolvimento económico”. A APFN acredita que esta perspectiva tem vindo a piorar o cenário para as famílias em Portugal.
Apesar das críticas, a associação manifestou satisfação com o facto de estarem a ser levantadas vozes discordantes de “bom senso” no seio da coligação governamental. A APFN reiterou o seu papel, enquanto maior organização de famílias em Portugal, de contribuir de forma construtiva para uma reforma que valorize a natalidade e os direitos das famílias, sempre norteada pelos princípios da liberdade de escolha, da subsidiariedade e da autonomia.