Foi apresentada ontem à tarde, no Fórum Cultural Transfronteiriço de Alandroal, a 40ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.
A prova vai estar na estrada entre os dias 22 e 26 de março e tem início em Beja. A final acontece em Évora.
Dezoito anos depois, a cidade de Beja vai receber na próxima quarta-feira, 22 de março, a partida da Volta ao Alentejo, na edição que celebra os 40 anos da prova, cuja primeira edição aconteceu em 1983, ganha por Paulo Ferreira (Lousa/ Trinaranjus).
Participam na prova deste ano, 12 equipa portuguesas, as 9 Continentais e 3 Equipas de Clube, e 7 estrangeiras, 4 de Espanha, 2 da Grã-Bretanha e 1 de Angola, com cinco etapas, todas em linha, com um total de 834,1 quilómetros.
O Jornalista Teixeira Correia, em serviço especial para a Rádio Castrense, faz o retrato sonoro daquilo que vai ser a “Alentejana” deste ano.
O aprazível Parque da Cidade é o local escolhido para o início da “Alentejana”, depois de no dia anterior se realizar numa unidade hoteleira da cidade o secretariado e reunião dos diversos membros que constituem o staff e participantes na prova.
Relativamente à corrida, sem contrarrelógio, a edição 2023 da “Alentejana”, tinha tudo para ser decidida na luta pelas bonificações nas metas volantes e chegadas.
No entanto, o traçado da quarta etapa, um constante sobe e desce na Serra de São Mamede, com passagem junto às antenas, no ponto mais alto do Alentejo situado a 1.025 metros de altitude, pode assumir uma importância capital na decisão final. Com partida da vila do Crato, a tirada é marcada pelas cinco contagens do Prémio da Montanha.
As dificuldades começam no Cabeço do Mouro, passam por Marvão e terminam com a ascensão final à Serra de São Paulo, a mesma encosta da Senhora da Penha, antes da vertiginosa descida para Carreiras. Após a chegada à “Sintra do Alentejo”, como é conhecida Castelo de Vide, o camisola amarela apresenta-se como o principal candidato a ser coroado na Praça do Giraldo, em Évora, como o vencedor da “Alentejana”.
Nas cinco provas até agora realizadas, uma por etapas e quatro clássicas, nenhum corredor nascido em Portugal conseguiu qualquer triunfo, ainda que um colombiano, um argentino e um uruguaio de equipas lusas tenham conquistado três clássicas de cariz nacional.
Orluís Aular, Campeão da Venezuela de Fundo e Contrarrelógio e vencedor da edição do ano passado da Volta ao Alentejo, pode fazer história na corrida ao vencedor por duas vezes, igualando o espanhol Carlos Barbero, mas conquistar a “alentejana” por duas vezes consecutivas.
A “Alentejana” chegou a internacional em 1996.
Com a presença de Miguel Indurain e manteve tal categoria até 2009, data em que a organização a CIMAC-Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, “herdeira” da Associação de Municípios do Distrito de Évora (AMDE), decidiu suspender a efetivação da corrida. Foi depois a Podium num protocolo com a CIMAC, que viabilizou o regresso à estrada desde 2010 da Volta ao Alentejo em Bicicleta, mas passando a mesma para a categoria 2.2 da UCI.
Entre os vencedores estão os nomes de Miguel Indurain, Aitor Garmendia, Asiat Saitov, Melchior Mauri, José Luís Rubiera, Laszlo Bodrogi, Xavier Tondo, David Blanco, Carlos Barbero (o único por duas vezes), Maxime Bouet, Paulo Ferreira, Manuel Zeferino, Marco Chagas, Joaquim Gomes, Fernando Carvalho Luís Mendonça, João Rodrigues e Maurício Moreira entre muitos outros.
Equipas presentes
Continentais Profissionais (3): Caja Rural/Seguros RGA, Equipo Kern Pharma e Burgos/BH (todas de Espanha)
Continentais (13): Glassdrive/ Q8/ Anicolor, Aviludo/ Louletano/ Loulé Concelho, Efapel Cycling, Credibom/ LA Alimínios/ MarcosCar, Tavfer/ Ovos Matinados/ Mortágua, Kelly/ Simoldes/ Oliveirense, Rádio Popular/ Paredes/ Boavista, AP Hotels and Resorts/ Tavira/ SCFarense, ABTF Betão/ Feirense, Bike Aid (Alemanha), Electro Hiper Europa (Espanha), Trinity Racing (Grã-Bretanha) e Bai/ Sicasal/ Petro de Luanda (Angola)
Equipas de Clube (3): Fonte Nova/Felgueiras, JV Perfis/ Windmob e Santa Maria da feira/ Segmento d’Época/ Reol
Etapas da Volta ao Alentejo/ Crédito Agrícola
1ª etapa (22/03)- Beja (11h30) – Ourique (15h47)- 168,8 kms
Passagens por Serpa (MV-km 25,5-12h17), Vila Nova de São Bento (12h41), Mina de São Domingos (13h39), Mértola (MV-km 99,1-14h05), Mértola (PM 4ªcat-km 102,2-14h09), São João dos caldeireiros (14h23), Almodôvar (MV-km 141,2-15h06) e Aldeia dos Fernandes (15h28).
2ª etapa (23/03)- Castro Verde (11h30) – Grândola (15h56)- 170,8 kms
Passagens por Aljustrel (MV-km 22,1-12h13), Messejana (12h26), Odemira (MV-km 77,4-13h36), EN120 a caminho de São Luís (PM 4ªcat-km 80,7-13h41), EN120 a caminho de São Luís (PM 4ªcat-km 85,4-13h48), São Luís (14h02), Santiago do Cacém (MV-km 133,9-15h00) e Serra de Grândola (PM 4ªcat-km 161,3-15h41).
3ª etapa (24/03)- Vendas Novas (11h20) – Estremoz (16h10)- 191,4 kms
Passagens por Montemor-o-Novo (11h59), Serra de Monforado (PM 4ªcat-km 31,5-12h16), Alcáçovas (12h45), Viana do Alentejo (MV-km 69,8-13h12), Portel (MV-km 99-13h54), Amieira (por fora 14h16), São Marcos do Campo (14h27), Reguengos de Monsaraz (14h41), Redondo (MV-km 161,4-15h26) e Serra d’Ossa (PM 3ªcat-km 173,1-15h43).
4ª etapa (25/03)- Crato (11h30) – Castelo de Vide (15h40)- 148,2 kms
Passagens por Alter do Chão (11h54), Crato (12h20), Gáfete (MV-km 42,3-12h48), Vale do Peso (12h59), Portalegre (MV-km 79-13h48), Cabeço do Mouro (PM 2ªcat-km 82,2-13h53), Serra de São Mamede (PM 3ªcat-km 90,2-14h06), Porto Espada (PM 3ªcat-km 99,4-14h21), Marvão (PM 3ªcat-km 108,2-14h35), Castelo de Vide (MV-km 126,5-15h05), Serra de São Paulo (PM 3ªcat-km 128,8-15h08) e Carreiras (15h16).
5ª etapa (26/03)- Monforte (11h30) – Évora (15h21)- 154,9 kms
Passagem por Barbacena (11h59), Borba (12,36), Vila Viçosa (MV-km 49,1-12h50), Alandroal (13h03), Redondo (MV-km 75,1-13h27), Arraiolos (PM 4ªcat-Km 128,8-14h44) e Arraiolos (MV-km 130,4-14h46).
Jornalista: Teixeira Correia – Texto e Reportagem