Os Utentes do Serviço Nacional de Saúde do Concelho de Grândola, em comunicado remetido à Rádio Castrense, afirmam estar “muito descontentes com o atual estado do Serviço Nacional de Saúde no Concelho, mas também com o Hospital do Litoral Alentejano”.
Nos Cuidados de Saúde Primários, os Utentes para obterem uma Consulta Médica no Centro de Saúde, “têm que esperar 3 meses, após fazerem a marcação junto dos Administrativos”, sendo que em localidades, “como é o caso do Canal Caveira, a População só tem acesso a Médico 1 vez por mês e os transportes públicos são inexistentes” e as pessoas “com pensões de reforma muito baixas, são obrigadas a deslocar-se de Táxi” denuncia a Comissão de Utentes do Litoral Alentejano.
No comunicado, pode ler-se ainda que “o Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde de Grândola, 24 horas, foi encerrado em 2009. Tendo em 2011, sido aprovado na Assembleia da República uma Resolução que obrigava o Governo de então de reabrir este Serviço, e um dos Partidos que nesse ano votou favoravelmente o documento, é o mesmo Partido que hoje é Governo”.
Na altura “depois de muitas lutas foi encontrada uma solução pelo Ministério da Saúde de então, que é o Atendimento Complementar (Consulta do Dia), em que o Centro de Saúde de Segunda-Feira a Sexta-Feira tem atendimento médico das 08:00 às 22:00, e nos Fins-de-Semana e Feriados o funcionamento é só das 08:00 às 20:00” recorda a comissão.
A População do Concelho diz, que factualmente esta fórmula “já não satisfaz os Utentes. Presentemente as Pessoas que utilizam este Serviço exigem que exista uma Consulta de Agudos no Centro de Saúde de Grândola, 24 horas, ou seja reabertura do SAP do Centro de Saúde, 24 horas”.
Na Região do Litoral Alentejano, “mais de 25.000 Utentes não têm Médico de Família e faltam em toda a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano cerca de 100 Enfermeiros” realça a Comissão.
No Hospital do Litoral Alentejano, a situação é “muto precária” e “os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (“Tempos de Espera”) são muito elevados” destaca a Comissão de Utentes do Litoral Alentejano.
