Os militantes do Partido Socialista (PS) do Baixo Alentejo reuniram-se na terça-feira, na cidade de Beja, numa sessão que contou com a presença e participação de Jamila Madeira, membro do Secretariado Nacional do partido. O encontro serviu para uma análise aprofundada de dois temas cruciais: o Orçamento do Estado para 2026 e os resultados das recentes eleições autárquicas de 12 de outubro.
No que concerne ao Orçamento do Estado para 2026, os socialistas manifestaram “sérias preocupações”. Embora o documento devesse ser estratégico para o futuro de Portugal e da região do Baixo Alentejo, foi assinalado que incorpora medidas que consubstanciam uma clara tendência de retrocesso do Estado Social. Foi também alertado para um “perigo iminente de desequilíbrio das boas contas públicas”, uma marca distintiva dos anteriores governos do PS, e para o desaparecimento de alguns compromissos inscritos no Orçamento anterior e destinados à concretização no território.
A reunião foi também marcada pela análise aos resultados das eleições autárquicas. O PS fez um balanço que combina “a alegria das vitórias e a tristeza de algumas derrotas”, mas sublinha que o partido se mantém como a força política maioritária na região. O Partido Socialista conquistou a presidência de 9 dos 14 municípios do Baixo Alentejo, bem como a liderança em 9 das 14 Assembleias Municipais.
Em termos de poder local, o PS realça ainda “a conquista da presidência da maioria das Juntas de Freguesia do distrito de Beja, totalizando 49 das 84 freguesias”. Estes resultados, segundo os militantes, “garantem que o PS continue a ser a força política com maior representatividade nas diversas associações intermunicipais e na CIMBAL – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo”. Esta posição “permite dar continuidade a projetos de interesse supramunicipal e de grande importância para as populações”.
Concluindo a análise, os socialistas inferem que a população do Baixo Alentejo continua a confiar no Partido Socialista. Esta confiança, depositada nas urnas, será o guia para os eleitos do partido — socialistas e independentes — que “assumem o compromisso de trabalhar em prol das populações e do desenvolvimento das suas terras”.
