A Universidade de Évora (UÉ) assinalou o início do seu ano letivo com a habitual sessão solene no passado sábado, dia 1 de novembro, data que comemora a fundação da Universidade Jesuíta em 1559. No seu discurso proferido na Sala dos Atos, a Reitora Hermínia Vasconcelos Vilar traçou as linhas orientadoras para o futuro da academia, destacando o papel central da ambição e da perseverança como motores de desenvolvimento.
A Reitora sublinhou a necessidade de ter a “ambição de afirmar a Universidade nas suas múltiplas vertentes da formação, da investigação, da inovação e da ligação à comunidade”, posicionando a UÉ como um elemento chave no desenvolvimento regional e um interlocutor privilegiado nas redes internacionais. A perseverança foi definida como o esforço e empenho diário de toda a comunidade académica – docentes, investigadores, funcionários e estudantes – no desempenho das suas funções.
Hermínia Vasconcelos Vilar apresentou um balanço positivo do crescimento da instituição em número de estudantes, valor de projetos e prestação de serviços. No âmbito da investigação, a Reitora enfatizou a excelente performance das unidades da UÉ, com 18 das 20 Unidades de Investigação a obterem as classificações de “Excelente e Muito Bom”, o que assegura a continuidade dos programas de doutoramento.
A Reitora fez questão de reportar o esforço na contratação de recursos humanos, referindo que foram abertos 24 concursos para docentes e 18 para investigadores em 2024, e já 26 concursos para docentes e 9 para investigadores em 2025, um número que se prevê aumentar após a publicação do novo regulamento de contratação.
No que diz respeito ao futuro, a Reitora reafirmou a importância estratégica da oferta formativa em Medicina, não só para a Universidade, mas também para a região e para a consolidação do novo hospital central. “Não é nosso propósito desistir, mas antes continuar a trabalhar com as 8 Unidades Locais de Saúde (ULS) que nos apoiam, bem como com as Universidades com as quais estabelecemos protocolo, no sentido de melhorar a proposta”, vincou.
No domínio das infraestruturas, foram anunciados importantes investimentos. A Reitora informou que foi submetida uma candidatura à CCDR para a renovação do Hospital Veterinário, e que a obra do Colégio Pedro da Fonseca está em fase de adjudicação e prestes a ser iniciada. Estão igualmente em curso intervenções de requalificação nas Residências António Gedeão, Manuel Álvares e Bento de Jesus Caraça, com um investimento de cerca de um milhão de Euros de receitas próprias. Avanços nas obras no Colégio Luís António Verney, no espaço da Mitra e na Escola de Enfermagem estão também planeados para os próximos meses.
A sessão solene contou ainda com as intervenções do Presidente do Conselho Geral, Carlos Reis, da Presidente da Associação Académica, Beatriz Calado, e do representante dos funcionários, João Mestre. A Lição Inaugural foi proferida pela Professora Doutora Teresa Pinto Correia, abordando o tema “O Montado, ativo em crise – que posicionamento da Universidade?”.
As comemorações do início do ano letivo prolongaram-se ao longo do dia com a imposição das insígnias doutorais aos mais recentes doutorados, o reconhecimento de funcionários com mais anos de dedicação, e diversas atividades culturais, incluindo a inauguração do Centro de Inovação Pedagógica e de uma Exposição na Fundação Eugénio de Almeida, culminando com um concerto da Orquestra de Sopros da Escola de Artes.
