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Domingo, Julho 13, 2025

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Rádio Castrense não faz cobertura da noite eleitoral, associando-se ao boicote da Associação Portuguesa de Radiodifusão

Mais de uma centena de rádios locais, filiadas na Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR), anunciaram um boicote às ações de campanha e cobertura informativa da noite eleitoral. A medida surgiu em protesto contra a exclusão destas estações da atribuição de tempos de antena, um direito que lhes é concedido apenas durante as eleições autárquicas.

Entre as rádios que aderiram ao boicote, encontra-se a Rádio Castrense, estação associada da APR – Associação Portuguesa de Radiodifusão, e da ARIC – Associação de Rádios de Inspiração Cristã.

A APR divulgou um spot para as rádios locais associadas explicarem aos seus ouvintes a razão do boicote, denunciando a discriminação por parte do Estado. Eduardo Cruz, vice-presidente da APR, esclarece que esta não é uma decisão recente, mas sim uma reivindicação que se arrasta desde as eleições europeias de 2019. “Tem sido uma das reivindicações que o setor tem vindo a fazer aos diferentes e sucessivos governos e esta forma de luta que estamos a utilizar é, mais uma vez, para chamar a atenção, não só de quem o discuta, mas também da classe política para este ponto”, afirma.

Cruz critica a legislação atual, que obriga rádios temáticas musicais a emitir tempos de antena, enquanto as rádios generalistas locais são excluídas. “Temos conhecimento que rádios temáticas musicais, que são obrigadas a emitir tempos de antena nesta altura, quando até nem o desejam. Por outro lado, também vemos que as rádios classificadas como generalistas, e todas as rádios locais são rádios generalistas, não têm sequer a possibilidade de aceder ao mesmo, nem de manifestar o seu interesse, ou não, em fazer a emissão desses mesmos tempos de antena, porque essa parte, em termos de legislação, está vedada”, explica.

A APR reivindica a alteração da legislação, defendendo que as rádios locais devem ter a opção de emitir tempos de antena em todos os atos eleitorais, caso desejem, e que as estações que não pretendem fazê-lo não sejam obrigadas. Eduardo Cruz estima que “mais de 80 por cento das rádios locais associadas na APR”, num total de cerca de 170, aderirão ao boicote.

A publicação em Diário da República da tabela de compensação pela emissão de tempos de antena, que totaliza cerca de 2,8 milhões de euros, com mais de 750 mil euros destinados às seis rádios de âmbito nacional e regional, reforça o sentimento de injustiça por parte das rádios locais.

A Rádio Castrense, concordando em absoluto com a APR, associa-se ao Boicote alavancado pela Associação, não tendo efetuado entrevistas específicas e individuais aos candidatos pelo Distrito de Beja, nem efetuando a cobertura desta noite eleitoral das Legislativas. Apenas são divulgados pequenos apontamentos noticiosos nos serviços informativos da estação, assim como no seu Portal na Internet.

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