A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) alerta para uma quebra significativa na produção e no rendimento em azeite na campanha oleícola 2025/2026. Apesar de menor colheita, os preços pagos aos agricultores continuam a descer, com o quilo de azeitona a ser comprado por cerca de 55 cêntimos — muito abaixo dos valores registados nos últimos anos.
A Confederação denuncia ainda o aumento dos custos de produção, desde mão-de-obra a fertilizantes e combustíveis, bem como a subida dos custos de laboração nos lagares, agravados pela taxa de IVA que passou de 6% para 23%. Há também relatos de produtores que entregam a azeitona sem saber o preço final ou a data de pagamento.
A CNA considera que a desregulação do mercado está a colocar os pequenos agricultores em situação de grande vulnerabilidade e alerta que, se nada for feito, o olival tradicional — responsável por azeites de elevada qualidade e fundamental para a coesão social e territorial — poderá estar em risco.
A organização exige ao Governo medidas urgentes, incluindo uma lei que proíba pagamentos abaixo dos custos de produção e políticas públicas que valorizem o olival tradicional, como um plano integrado de apoio e maior promoção do azeite nacional em cantinas públicas.


















