Vítor Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo disse, em entrevista à Rádio Renascença que “a indecisão sobre o novo aeroporto é novela ridícula, mas Beja não é opção”.
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo diz que não percebe “porque é que António Costa ainda não tomou uma decisão”. Fora das opções Vítor Silva deixa Beja, que muitos têm defendido.
Questionado sobre qual seria a sua opção (para o novo Aeroporto), Vítor Silva afirma que “não é especialista em aviação”, preferindo que “sejam os técnicos a dizer”.
«Eu sei que o que vou dizer agora não é nada popular porque lá em Beja toda a gente achou que o aeroporto era uma espécie de “papel mata-moscas”. O aeroporto está lá e as moscas vão para lá» disse o presidente da Entidade Regional de Turismo à RR.
Vítor Silva lembrou que “fez parte da primeira equipa de marketing do Aeroporto de Beja. No tempo em que a ANA era pública, andámos por esse mundo fora, pelos sítios onde se encontram as companhias aéreas, a convencê-las a voar para Beja”.
“Mas aquele aeroporto não pode receber voos regulares, a sua vocação fundamental está ligada à carga e estacionamento de aeronaves, manutenção de aeronaves e uma coisa que ninguém gosta, que é o desmantelamento de aeronaves. É um grande negócio” sublinha este responsável.
“Atualmente, os aviões são desmantelados e aproveita-se tudo. Não é bonito, não é sexy ver ali montanhas de ferro velho, mas é um negócio lucrativo. Neste momento trabalham no Aeroporto de Beja cerca de 150 pessoas” frisa Vítor Silva na entrevista que concedeu à emissora católica portuguesa.
Lembrou ainda que “(o aeroporto de Beja) recebe muitos voos de aviação executiva porque as pessoas já não podem ir para Tires. Depois há muitos artistas, gente rica que vai para Costa Alentejana, ou que vai caçar e deixam ali os aviões privados. O ano passado tivemos à volta de 120 voos destes”.
Fonte: Rádio Renascença