O Presidente da Câmara Municipal de Odemira, José Alberto Guerreiro, vai exigir ao Governo o fim imediato da cerca sanitária decretada para duas freguesias do concelho, por considerar que “a situação está controlada”.
Em declarações à comunicação social, o autarca afirmou que, conjuntamente com a Presidente da Assembleia Municipal e os Presidentes das Juntas de Freguesia de S.Teotónio e de Longueira/Almograve, considera que “estão reunidas as condições para o fazer de imediato e não apenas na quinta-feira”. “Há oito concelhos que estão com índices superiores a Odemira”, pelo que “não vemos razão nenhuma para se manter esta cerca e acho que deve acabar de imediato”, frisou. “Estamos em crer que esta situação terminará rapidamente se houver bom senso”, concluiu o autarca.
Sobre o facto da decisão ser tomada em sede de Conselho de Ministro, José Alberto Guerreiro lembrou que a Assembleia Municipal de Odemira reuniu-se “extraordinariamente a um domingo, às 15.00 horas. “Julgo que não será difícil reunir o Conselho de Ministros, por videoconferência ou de outra forma, para tomar uma decisão que é justa e que é reivindicada por todos os representantes da população de Odemira” afirma José Alberto Guerreiro.

No dia 9 de maio, domingo, em reunião extraordinária, a Assembleia Municipal de Odemira aprovou, por unanimidade, uma tomada de posição que, entre várias medidas estruturais e de combate à pandemia de covid-19 no concelho, exige ao Governo o fim da cerca sanitária nas duas freguesias.
“Depois da decisão da Assembleia Municipal, não só estou mandatado para o exigir, como já era uma determinação da Câmara Municipal”, explicou o autarca.
O concelho de Odemira está abaixo dos 240 casos por 100 mil habitantes e o autarca explicou que na freguesia de Longueira/Almograve, “o índice de infeção é zero”, uma vez que “desde o início da cerca não houve nenhum novo caso”. Já S. Teotónio, tem um índice de infeção com 550 casos por 100 mil habitantes”, mas o Presidente da Câmara recordou que, esta freguesia tem “muito mais população a trabalhar e residente do que aquela que entra no cálculo”.
“Com os índices de vacinação e de testagem que já apresentamos e com os valores que são referidos, tanto para o concelho, como para a zona da cerca sanitária, há condições para acreditar que estamos com a situação sanitária controlada”, explicou o Presidente da Câmara Municipal.
Foto: Sapo 24