De acordo com a DECO Proteste, entre 5 de abril de 2023 e 3 de abril de 2024, o azeite virgem extra foi um dos bens essenciais do cabaz alimentar mais afetados pela subida dos preços provocada pela inflação. O preço subiu 62 por cento num ano: custava 7,40€, e passou a custar 12€.
Os dados recolhidos e divulgados pela associação de consumidores em abril refletem a escalada registada dos últimos dois anos, devido às consequências da guerra na Ucrânia e da seca no setor agroalimentar. Contudo, a partir de setembro a trajetória ascendente poderá abrandar, com uma possível descida dos preços.
Uma das empresas espanholas com mais peso e relevância no setor do azeite prevê uma normalização do mercado já depois do verão. A expetativa é válida para Espanha, o maior produtor mundial, mas acredita-se que o mesmo possa acontecer em Portugal devido à proximidade geográfica e à importação similares.
O facto da “floração entre abril e maio ter ocorrido sem episódios de calor extremo e as reservas de água estarem acima da média após as chuvas recentes”, são dois bons prenúncios relativamente à próxima colheita. Os produtores estão otimistas devido às boas condições climáticas, adianta o “El Economista”, citando Ignacio Silva, gestor da marca Deoleo.
A subida dos preços deveu-se às acentuadas quebras na produção da azeitona. A elevada procura e menor oferta levou também à venda de azeite falsificado. Algumas embalagens eram enchidas com óleo e corantes alimentares esverdeados e posteriormente comercializadas, enganando os clientes.
Fonte: NIT / DECO