Agentes da PSP são suspeitos de receberem subornos de cartel para permitir a entrada de droga que chegava em jatos privados no Aeroporto de Beja, adianta a Rádio Renascença.
Dois dos 25 detidos no âmbito da operação “FÓSSIL”, de combate ao tráfico internacional de droga entre Portugal e Espanha, são agentes da PSP que trabalhavam no Aeroporto de Beja.
Segundo o Público, os seis suspeitos detidos em Portugal – anunciados esta terça-feira pela Polícia Judiciária (PJ) – integrariam uma rede de funcionários corruptos a operar no aeroporto, onde jatos privados terão descarregado grandes quantidades de cocaína para tráfico na Europa.
O jornal avança ainda que um dos detidos, português a residir na região da Grande Lisboa, já foi extraditado para Espanha, enquanto os outros cinco suspeitos ficaram em liberdade.
O Jornal de Notícias adianta que os agentes da PSP são suspeitos de terem sido subornados pelo traficante português da rede de tráfico, para permitirem a retirada da droga de jatos privados que aterravam no Aeroporto de Beja.
Chamada de “FÓSSIL” em Portugal e de “Narcos do Céu” em Espanha, a operação culminou na detenção de 25 pessoas de várias nacionalidades após uma investigação que durou cerca de um ano.
A PJ adiantou em nota que a rede agora desmantelada “se preparava para introduzir grandes quantidades de droga no continente europeu através de um aeroporto em Portugal, outro no Reino Unido e de portos espanhóis, contando, para o efeito, com o apoio de funcionários daquelas estruturas”.
Em Espanha foram detidas 19 pessoas, das quais 16 ficaram em prisão preventiva, tendo sido apreendidos cerca de 460 kg de cocaína em cinco operações diferentes, entre setembro do ano passado e setembro deste ano.
Fonte: Renascença