A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã, após entrega de Memorando à Comissão Técnica Independente – CTI, lança uma Petição Pública dirigida ao Presidente da República, ao Primeiro Ministro e Presidente da Assembleia da República de “apoio e defesa da Solução Beja“.
A mesma fonte sublinha que “será a estas instituições do Estado que caberá a decisão final da solução que melhor sirva não apenas para resolver o problema do crescente tráfego aéreo no Aeroporto de Lisboa mas também o do Algarve”.
No texto da petição, pode ler-se que “a utilização do Aeroporto de Beja, um dos quatro que constituem o sistema aeroportuário do Continente, há muito devia ter sido equacionada, para evitar-se a necessidade de vultuosos e precipitados investimentos e contrariar as crescentes assimetrias regionais existentes no País”.
A Plataforma Cidadã lembra que “o Aeroporto de Beja já está construído e a funcionar” e sublinha que “foi construído e apetrechado para poder expandir-se de acordo com as necessidades da sua área geográfica própria que abrange parte do distrito de Setúbal, Alentejo, Estremadura e Andaluzia e como estratégica complementaridade aos aeroportos de Lisboa e de Faro dispensando muitos mais
e custosos estudos ao País. Dispõe duma área pública de 800 hectares, adquiridos para o efeito pela EDAB – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, evitando-se a necessidade de conflituosas expropriações, sempre alvo demorados, complexos e especulativos processos”.
A Plataforma Cidadã não deixa esquecer que, “a sua utilização para receber centenas de aviões no decurso da Expo-98 e do Campeonato Europeu de
Futebol-2004 demonstram a sua importância estratégica e comprovam a sua capacidade”.
A construção de um novo aeroporto para Lisboa “exige prazos dificilmente inferiores a 10 anos”, destaca a mesma fonte.
No mesmo texto, pode ler-se que, “a utilização do Aeroporto de Beja como ILD complementar ao atual Aeroporto de Lisboa Humberto Delgado e ao atual Aeroporto de Faro, é incontornável para ultrapassar a evolução
de tráfegos e poupar centenas de milhões de euros ao erário público.”
“Para se responder aos desafios imediatos do crescente tráfego aéreo em Lisboa e em Faro, a complementar utilização do Aeroporto de Beja e a sua acessibilidade ferroviária são imprescindíveis pelo que é fundamental e urgente executar a importante modernização e renovação dos troços compreendidos entre Casa Branca<>Beja e Beja <> Ourique, com a variante ao Aeroporto e a concordância para Évora, com correções para os novos patamares de velocidade, cumprindo os prazos decorrentes do PNI2030”, pode ainda ler-se.
A Plataforma Cidadã recorda que, “o H2030 dispõe ainda de fundos para que o Estudo Prévio e o Projeto de Execução da eletrificação das Linhas avancem, de acordo com o Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental na posse da IP,sa; bem como com o Projeto de Modernização e Eletrificação Beja-Ourique”.
Em relação à Rede Rodoviária, “espera-se a conclusão e a abertura da autoestrada A-26, entre Sines e o Aeroporto de Beja, e do IP8 entre Beja e Ficalho”.
“A utilização do Aeroporto de Beja, como parte da solução, não é um problema do Alentejo mas uma necessidade que deve mobilizar todas as portuguesas e portugueses” sublinha a mesma fonte.
