14.7 C
Castro Verde Municipality
Domingo, Setembro 8, 2024

Últimas Noticias

PJ deteve hoje mais de 40 pessoas numa megaoperação nos campos agrícolas do Baixo Alentejo

É uma notícia exclusiva da CNN Portugal e está a ser avançada esta manhã.

A Polícia Judiciária tem em curso uma megaoperação em Cuba. Os detidos estão a ser levados para a cidade de Beja, está montado um autêntico centro de operações, com uma tenda e dois contentores junto ao Parque da Cidade.

A CNN adianta que o conhecido Juiz Carlos Alexandre “está a chefiar as operações”.

Centro de Operações montado em Beja – Fotografia: Teixeira Correia / Jornal de Notícias

Segundo o canal televisivo, “mais de 40 pessoas estão esta quarta-feira a ser detidas pela Unidade de Contraterrorismo e pelo DIAP de Lisboa, apurou a CNN Portugal, na maior operação da Polícia Judiciária nos últimos anos”. A estação refere que “são mais de 400 os inspetores envolvidos, em cerca de 60 buscas no Alentejo por tráfico de seres humanos, associação criminosa e branqueamento de capitais.” 

Em causa, adianta a CNN Portugal, “o facto de explorarem em condições sub-humanas, de semiescravidão, centenas de trabalhadores estrangeiros em campos agrícolas da região e no centro do país. Ficam com os ordenados das vítimas, pagos pelos empregadores, e fazem fortuna, ostentando vários sinais exteriores de riqueza. Contam ainda com a colaboração de uma solicitadora da vila de Cuba, também detida, para a criação de empresas fantasma e falsificação de documentos”.  

A estação noticiosa explica que, “as vítimas são atraídas, ainda nos seus países de origem, para uma vida melhor em Portugal – com alojamento, condições de trabalho e salários dignos. Tudo não passa de um logro e, para o efeito, a rede organizada a partir do distrito de Beja conta com angariadores no Leste da Europa, como na Ucrânia ou Roménia, além de países como a Índia, Paquistão ou Timor”. 

“Aquilo que as vítimas encontraram foi um regime de semiescravidão, às mãos da rede agora desfeita pela PJ e pelo DIAP de Lisboa. O esquema passa por colocarem logo os trabalhadores em dívida com a rede, que cobra pelas viagens, logística e alojamento milhares de euros que as vítimas não podem pagar. Estão ilegais no nosso país, vulneráveis e sujeitos a trabalhos pesados com raro descanso e escassa recompensa – a maior parte do ordenado é retida na fonte pelos capatazes que são, na maior parte das vezes, compatriotas das vítimas”, detalha o mesmo órgão de comunicação social.

“Outro dos métodos passa por manter as vítimas sob ameaça de violência física, para os próprios e para os familiares diretos nos países de origem” avança a mesma fonte. 

O canal detalha que, “a rede é comandada a partir de uma estrutura familiar, de cidadãos romenos, que a partir daí distribuem ordens por toda a hierarquia com posições definidas, desde a angariação, ao transporte e colocação dos trabalhadores nas explorações agrícolas”. 

Por fim, a CNN Portugal explica que, “são criadas empresas fantasma para a celebração de contratos com os empregadores e falsificados documentos em nome dos trabalhadores – missão que estava entregue à solicitadora portuguesa. Quanto ao branqueamento de capitais, passa nomeadamente pelo adquirir pela rede de bens de luxo em nome de terceiros com o objetivo de tentar passar os sinais de riqueza abaixo do radar das autoridades”.

Fonte: CNN Portugal

Latest Posts

Não perder