O PCP concluiu ontem o ciclo de visitas dedicadas à situação de seca no
Alentejo, em que participou o deputado à Assembleia da República, João Dias.
Os comunistas visitaram os Concelhos de Montemor-o-Novo, Ponte de Sor, Santiago do Cacém, Odemira, Serpa, Beja e Moura.
As visitas realizadas, em que o PCP reuniu com dezenas de produtores e
agricultores, permitiram confirmar que, na “sequência de recorrentes períodos
de seca nos últimos 5 anos, a seca deste ano já comprometeu a campanha
agrícola, nomeadamente para os agricultores que produzem em sequeiro” afirmam os comunistas.
Face “à gravidade da situação”, a deputada do PCP ao Parlamento Europeu,
Sandra Pereira, entregou esta semana no Parlamento Europeu uma Pergunta onde questiona a Comissão Europeia “sobre que apoios ao Setor Agrícola pode o Estado português mobilizar dos fundos comunitários”; e “quais os fundos, montantes e percentagens que podem ser dirigidos aos pequenos e médios agricultores”.
O PCP sublinha que “a escassez de água – indissociável das alterações
climáticas e das políticas de gestão de recursos hídricos que têm sido
adoptadas – é profundamente agravada pelo desenvolvimento descontrolado das
culturas superintensivas”.
Só no perímetro de rega do Alqueva o olival e o amendoal ocupam já uma área de mais de 75%, ocupando as culturas permanentes uma área de 82% e as culturas anuais apenas 18%, “o que torna mais difícil a gestão do recurso água”. Em 2017 as culturas permanentes ocupavam 69% e as anuais 31%.
Foto: Rádio Castrense