A Guarda Nacional Republicana (GNR), através da sua Unidade de Intervenção e em estreita colaboração com a Guardia Civil espanhola, concluiu ontem uma vasta operação de combate ao tráfico de estupefacientes que decorreu entre os dias 7 e 11 de julho. A ação abrangeu oito distritos em Portugal continental e o sul de Espanha, culminando em 49 detenções e na apreensão de uma quantidade colossal de drogas e bens.
Esta complexa operação é o resultado de uma investigação criminal liderada pelo Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, que se estendeu por 38 meses. Durante esse período, foram identificados diversos suspeitos de nacionalidade espanhola, o que impulsionou uma cooperação internacional sem precedentes com a Guardia Civil.
No decorrer das diligências em território português, foram detidas 32 pessoas e cumpridos 32 mandados de busca domiciliária, 21 mandados de busca não domiciliária e 35 mandados de busca e apreensão de veículos. Do lado espanhol, uma pessoa foi detida e seis mandados de busca domiciliária foram cumpridos, somando-se às 16 detenções já efetuadas ao longo dos 38 meses de investigação.
A operação culminou com a detenção de um total de 49 indivíduos, suspeitos de tráfico de estupefacientes, associação criminosa e detenção de arma proibida. As apreensões foram impressionantes, incluindo: 7 toneladas de haxixe, 650 kg de cocaína, 18 embarcações de alta velocidade avaliadas em cerca de 8 milhões de euros, 40 motores de alta potência no valor de 2,5 milhões de euros, 780 mil euros em dinheiro, 11 armas de fogo e 24 veículos automóveis.
O principal objetivo desta ação era desmantelar a cadeia logística destes grupos criminosos dedicados ao tráfico de estupefacientes, impactando significativamente a sua capacidade de distribuição na Península Ibérica e, assim, contribuindo para um aumento do sentimento de segurança nas populações. Para o sucesso da operação, a GNR contou com o reforço de militares da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro, da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras, da Unidade de Ação Fiscal e de oito Comandos Territoriais, além do apoio essencial do Instituto Nacional de Emergência Médica.
