Por causa do aumento populacional no concelho, particularmente de imigrantes, a Câmara Municipal de Odemira vai ter de disponibilizar no próximo ano letivo, mais 10 salas de aula para conseguir fazer face a esta realidade, em contraciclo com o resto do país.
Em causa, estão novas salas destinadas aos alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico, nas localidades de Brejão, Cavaleiro e São Teotónio.
Em declarações à Rádio Castrense, Hélder Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira, explicou que foi necessário “reativar escolas que já estavam fechadas, especialmente do primeiro ciclo, em São Teotónio, Cavaleiro e Brejão”.
O autarca diz que todas as escolas “vão ter que sofrer obras de manutenção e adequação”. Ao mesmo tempo, Hélder Guerreiro mostra-se visivelmente satisfeito “por Odemira estar em movimento contrário, ou seja, no resto do país fecham-se escolas e aqui reabrem-se” .

O Presidente da Câmara de Odemira sublinha que, face a esta realidade, “o Estado poderá vir a ter mais despesa com contratação de professores e nós teremos com auxiliares, mas os custos com transportes escolares poderão diminuir”.
“Apesar do aumento com refeições escolares poder vir a aumentar, o que são pormenores” no entender do autarca odemirense, “o que importa é conseguirmos ter estas salas para que as crianças possam frequentar a escola”.
Em Vila Nova de Milfontes há “uma pressão grande” relativamente ao pré-escolar. Quanto ao resto do território, “a situação é estável” garante o autarca.
Já em São Teotónio, destaca-se a “chegada permanente de novas crianças imigrantes”. As barreiras linguísticas que existem entre alunos e docentes são um desafio.
Ainda no âmbito de um processo desencadeado entre o Governo e a Associação Nacional de Município, no que diz respeito à educação, a Escola Secundária de Odemira, a EB 2,3 de Odemira e a EB 2,3 de São Teotónio, já têm uma verba prevista de quatro milhões de euros para obras de requalificação.
Recorde-se que, no que diz respeito a nascimentos, o concelho de Odemira representa já cerca de 20% do Baixo Alentejo e 30%o do Litoral Alentejano”.
Devido ao crescimento populacional que se verifica no concelho, o presidente da Câmara de Odemira diz que “é um verdadeiro desafio” com particular ênfase “na habitação, educação e saúde”. Por essas razões, pediu respostas do executivo, aproveitando a visita à FACECO, de Carlos Miguel, Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território.
