A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira está a realizar uma recolha de assinaturas em forma de abaixo-assinado.
Diz a comissão que, “o Serviço Nacional de Saúde neste concelho está a degradar-se, variados são os problemas que assolam neste território, como por exemplo a degradação de infraestruturas, a falta de Profissionais de Saúde, o elevado número de Utentes sem Médico de Família, a falta de idas regulares de Médico às respetivas Extensões de Saúde, bem como o elevado tempo de espera de crianças e idosos no Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Odemira”.
Na nota, pode ler-se que “o Serviço Nacional de Saúde, criado há 43 anos, teve uma importância decisiva para a melhoria dos indicadores de saúde. Por ação do S.N.S., também no Litoral Alentejano podemos beneficiar das suas boas condições, mas neste momento a População está confrontada com graves dificuldades de acesso aos cuidados de saúde”.
Nos Cuidados de Saúde Primários, “a População confronta-se com falta de Médicos de Família. É inadmissível que em algumas localidades a população só tenha cuidados médicos de 15 em 15 dias. Há também diversas Extensões de Saúde que se encontram muito degradadas, e com promessas de há vários anos para a reparação e/ou construção de novos edifícios, como por exemplo”:
– Extensão de Saúde de Saboia;
– Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes.
“Os Utentes da Freguesia de Luzianes-Gare viram a sua Extensão de Saúde ser encerrada e são obrigados a deslocar-se para outra Freguesia, fazendo mais de 30 Km´s para obterem cuidados de Saúde”, refere ainda a mesma fonte.
“No Serviço de Urgência Básico do Centro de Saúde de Odemira, os Utentes esperam largas horas para serem atendidos, com a agravante de serem crianças e idosos” detalha a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos no concelho de Odemira.
No Hospital do Litoral Alentejano “os tempos máximos de resposta garantidos, nas consultas e também nas cirurgias são ultrapassados, como é o caso da Cirurgia de Otorrinolaringologia que tem mais de 700 dias de espera. Em algumas especialidades só há 1 Médico para os cerca de 100.000 Utentes” garante a mesma fonte no comunicado enviado á Rádio Castrense.
“Assim os Utentes do Concelho de Odemira exigem ao Governo/Ministério da Saúde, o seguinte”:
– Contratação de Médicos, Enfermeiros, Assistentes Operacionais, Assistentes Técnicos, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, entre outros;
– Atribuição de Médico de Família (ou seja, com a Especialidade de Medicina Geral e Familiar) a todos os Utentes;
– Construção e/ou reparação do Centro de Saúde de Odemira e das Extensões de Saúde de Saboia e de Vila Nova Milfontes;
– Reabertura da Extensão de Saúde de Luzianes-Gare;
– Garantir Médico Pediatra, 24 horas, na respectiva Urgência do H.L.A.;
– Reabertura de todas as camas dos Serviços de Internamento e da Unidade de Convalescença do H.L.A.;
– Redução dos tempos de espera para Consultas, Cirurgias, Tratamentos e Exames de Diagnóstico e Terapêutica no H.L.A., com o cumprimento da Lei dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos;
– Valorizar e alargar valências no H.L.A.;
– Repor a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano no Sector Público Administrativo;
– Revogar todas as Taxas Moderadoras;
– Por um Serviço Nacional de Saúde, Universal, Geral e Gratuito!
