A alegada intenção da empresa do Alqueva de reduzir a área do bloco de rega previsto para o concelho de Moura levou a Câmara Municipal de Moura a manifestar a “total solidariedade para com os Agricultores do Concelho de Moura, bem como com toda a população afetada por esta decisão.”
Em comunicado a autarquia adianta ainda que vai “instar o Governo de Portugal a rever esta situação de enorme injustiça para o nosso território, e, apoiar os Agricultores do Concelho de Moura em todas as ações que reputem convenientes no sentido de dar força às suas legítimas aspirações.”
O executivo mourense recorda que “foi em setembro de 2018, no decurso da tradicional Feira de Moura, que Luís Capoulas Santos, nessa data Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, na presença de José Pedro Salema, Presidente da EDIA e Álvaro Azedo, Presidente da Câmara de Moura, apresentou o Bloco de Rega Moura-Amareleja- Póvoa de São Miguel”, acrescentando que “fê-lo, também, na presença de dezenas de Agricultores do Concelho de Moura, que acolheram a notícia com satisfação e esperança. Tratava-se de uma questão da mais elementar justiça. Apresentou-se um cronograma, e afiançou-se que as obras começariam um ano depois, sendo que em 2021 haveria água para regar.”
A Câmara de Moura lamenta que “o início de 2022 somos confrontados, através do Presidente da EDIA, com notícias de que, afinal o Bloco de Rega será amputado em cerca de 3.000 hectares, dos 10.000 inicialmente previstos e anunciados”.
“O Concelho de Moura merece ser tratado com dignidade” defende ainda a Câmara.