A Federação da Juventude Socialista do Baixo Alentejo vem, em comunicado, “condenar veemente o tráfico de migrantes no Baixo Alentejo, bem como as condições verdadeiramente desumanas em que estes se encontravam”.
Na nota emitida pela JS, pode ler-se que, “muito se tem falado do facto de o Qatar não respeitar os direitos humanos”, no entanto “antes de nos debruçarmos sobre o Qatar, importa, sobretudo, que nos debrucemos sobre a violação dos direitos humanos que tem ocorrido no nosso país – mais concretamente, na nossa região. Mais do que condenar veemente as ações da rede de tráfico em questão ou exigir que seja feita justiça, devemos exigir mais do nosso Estado, “em particular, da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que são os serviços do Estado competentes (OU disponíveis) para o efeito (…) mas também dos nossos municípios, uma vez que são estes os que se encontram mais próximos das suas gentes”. A JS recorda que “não está, no entanto, ao alcance dos mesmos, a capacidade de resolver a situação. Muito menos, sozinhos. Porque a realidade destes migrantes não é (nem pode ser) apenas algo que diga respeito aos municípios onde os mesmos se encontram. Porque a realidade destes migrantes não é (nem pode ser) apenas algo que diga respeito a quem vive no Baixo Alentejo. Porque a realidade destes migrantes é (e deve ser) algo que diz respeito a todos nós – estejamos em Beja, Bragança, Lisboa ou Vila Real”-
A Juventude Socialista lembra que, “enquanto os direitos humanos continuarem a ser violados, seja em que parte do país for, faz (e fará sempre) sentido que nos insurjamos, tendo como principal objetivo a luta por um país melhor”, conclui a nota da JS do Baixo Alentejo.