A Juventude Socialista do Baixo Alentejo, emitiu uma “Nota de Repúdio” face “à intenção da ACSS, validada pela DGS, de aplicar sanções a médicos de família que vejam as suas paciente recorrer à Interrupção Voluntária da Gravidez”.
Na nota enviada à Rádio Castrense, a JS escreve que, “num momento como este e movida por um profundo descontentamento a Federação da JS do Baixo Alentejo apresenta, por meio deste comunicado, a sua nota de repúdio face à intenção da ACSS, validada pela DGS, de aplicar sanções a médicos de família que vejam as suas pacientes recorrer à Interrupção Voluntária da Gravidez”.
“Propostas como esta são um retrocesso na nossa vida democrática e em sociedade. Um retrocesso que visa, ainda que de forma indireta, semear em nós a ideia de que a IVG deverá ser olhada com um pendor condenatório” pode ler-se no comunicado.

Diz a Juventude Socialista do Baixo Alentejo que, “viver num mundo em que se tira a liberdade a uma mulher não é um mundo onde queiramos viver nem um mundo onde permitiremos que os demais vivam. Não deixaremos que retrocessos como este tenham lugar até porque proibir, ou incitar a proibição, a interrupção voluntária da gravidez não vai proibir que as mulheres tenham escolha, apenas proibirá que tenham acesso a um acompanhamento condigno, seguro e, acima de tudo, um acompanhamento que faça jus à emancipação que lutámos tanto por alcançar”.
A JS, na mesma nota, “apela ao Ministério da Saúde que não permita que medidas como estas sejam aceites porque os responsáveis pela construção da sociedade do amanhã somos todos nós e essa construção começa hoje, aqui e agora” conclui a nota emitida.