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Sexta-feira, Maio 2, 2025

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Governo quer rede 5G em todo o país “até ao final do ano” e cobrir “zonas brancas” com Fibra Ótica

O Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, diz “estar convencido” de que até ao final do corrente ano, a tecnologia 5G “esteja disponível em todo o cantinho do país”.

A revelação foi feita à Rádio Castrense durante uma vista à FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, no último fim-de-semana.

Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do território


Questionado pela Rádio Castrense sobre se a ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações está a fazer bem o seu trabalho de fiscalização (da implementação da rede), Carlos Miguel esclarece que “o levantamento que foi feito pela ANACOM, foi comunicado ao Governo” e acrescenta que é “pretensão do governo ter uma rede igualitária em todo o país”.

O governante adianta que “ainda não houve investimento das empresas para que haja uma rede igualitária em todo o país” e acrescenta que “aquilo que se exige dos operadores é que não trabalhem só onde podem ter mais retorno económico”.

Quanto à cobertura de Fibra Ótica nas chamadas “zonas brancas”, onde não está presente nenhum operador, o Governo diz que “está a trabalhar nessa questão” e acredita que “até ao final do ano seja resolvida”.

Recorde-se que, os concursos para levar a fibra ótica às chamadas “zonas brancas” são o último esforço, diz o governo, para tentar universalizar a banda larga em Portugal. A ideia é permitir o acesso à internet de banda larga de alta velocidade a populações em zonas de baixa densidade que não estão servidas pelas operadoras.
Ciente de que as empresas privadas não vão investir onde não há mercado para que o investimento seja rentável, o Estado “vai recorrer a financiamento do FEDER no valor de 160,1 milhões de euros para alavancar essa participação dos privados”.

Para a região do Alentejo deverá ser investida uma verba de 52.816.740 euros.

De lembrar ainda que, todos os concelhos do distrito de Beja já estão cobertos pela rede de fibra ótica partilhada da DS Telecom, com exceção da capital de distrito, que tem redes próprias da cada operador – MEO, NOS, Vodafone e Nowo. No entanto, a cobertura está garantida apenas nas sedes de concelho e em algumas freguesias da cada um. Por exemplo, Castro Verde apenas tem fibra na vila, sendo que mais nenhuma freguesia tem acesso a esta tecnologia.

A DST Telecom ganhou em 2012 dois dos concursos, com financiamento comunitário, para a instalação de redes de comunicações rurais ultra-rápidas, para levar a banda larga a zonas consideradas não concorrenciais e que, como tal, não despertavam interesse dos operadores de telecomunicações.

A DST Telecom, que se associou à Sonaecom nestes concursos, ficou, na altura, com a construção e exploração das redes rurais do Norte e Sul. No Centro ganhou a Viatel, empresa do grupo Visabeira, que se associou à então Portugal Telecom.
A empresa do Norte começou a operar em 2015 em 35 concelhos das regiões do Alentejo e Algarve, o que garantiu uma cobertura de 19% do país e 2,5% da população (cerca de 250 mil pessoas).

A empresa tem vindo a expandir-se gradualmente também para o centro do país, levando a fibra a vários concelhos, através de investimentos próprios e feito expansões de rede em todos os concelhos onde está presente, à medida das necessidades e da procura.

Trata-se de uma rede grossista, neutra e partilhada, que os operadores alugam para levar os seus serviços ao cliente final, em vez de instalarem cada um a sua rede própria, o que sairia mais dispendioso.

Aguarda-se agora que o concurso para as redes para “zonas brancas” veja a luz do dia, para combater as assimetrias neste âmbito. A DST poderá ser uma das concorrentes à cobertura das “zona brancas”.

Zonas Brancas no Sul do País.

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