A Força Aérea Portuguesa (FAP) justificou o cancelamento da iniciativa “Bases Abertas” com o aumento do empenho militar e a necessidade de seguir a postura de outros aliados europeus face ao contexto de segurança. As declarações foram proferidas hoje pelo Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Cartaxo Alves, durante a visita dos ministros da Defesa de Portugal e da Suécia à Base Aérea n.º 11, em Beja.
Segundo Cartaxo Alves, embora Portugal esteja “na ponta da Europa”, o país não pode “correr riscos”. A decisão de suspender o evento, que permite ao público visitar as bases e participar em atividades como os “batismos de voo”, foi tomada em alinhamento com os parceiros da NATO. “Todos os nossos aliados na Europa também seguiram [esta linha] e cancelaram estas atividades”, afirmou o responsável, referindo-se aos riscos de “eventuais atentados”, como já ocorreram em outros países europeus.
Além do contexto de segurança, o General Cartaxo Alves apontou o “envolvimento operacional” crescente da FAP como outro fator determinante para o cancelamento. Mencionou o apoio à Ucrânia, o transporte de emergência médica e a participação no exercício `Tiger Meet´, um dos principais exercícios anuais da NATO que decorre até 30 de setembro. “Este tipo de atividades [Bases Abertas] foram canceladas dando origem a mais empenho operacional e mais treino operacional”, concluiu.
Fonte: Notícias ao Minuto / Lusa