Decorre, em território nacional, o 1.º Censo Nacional de Águia-caçadeira. Com extensão prevista até 2023, esta iniciativa resulta do projeto Conjunto “Searas com Biodiversidade – Salvemos a Águia –caçadeira”, fundado a 17 de maio, que reúne a ANPOC – Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais, o CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, o CPC – Clube de Produtores do Continente e a Palombar -Conservação da Natureza e do Património Rural.
Esta campanha pretende conhecer a população reprodutora da espécie Circus pygargus em Portugal, com o objetivo de proteger as zonas de nidificação e alimentação. Os dados recolhidos servirão de base para desenvolver medidas e planos de gestão do território que envolvam as comunidades locais, bem como para monitorizar a sua população, de forma a quantificar os seus reais efetivos, identificar os locais onde nidificam e a evolução das populações nos próximos anos.
A zona Sul do país será coordenada pelo DRCNF/ICNF do Alentejo.
A águia-caçadeira é uma das espécies mais ameaçadas da fauna terrestre em Portugal, encontrando-se categorizada como “em perigo” de extinção no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Segundo a Palombar, é conhecida por ser “uma das aves estepárias com maior dependência das searas por constituir o seu habitat preferencial de nidificação e de alimentação”. As principais ameaças desta ave de rapina são a perda de habitat – neste caso, dos campos de cultivo de cereais – e o corte precoce das culturas de feno em plena época reprodutora.
