A Comissão de Poder Local e Coesão Territorial da Assembleia da República “chumbou” o processo de desagregação das freguesias de Castro Verde e Casével. “Perante esta decisão incompreensível, os eleitos do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Castro Verde não podem deixar de manifestar total discordância e transmitir publicamente os seu desacordo e protesto”, pode ler-se no comunicado emitido pelo PS local.
A mesma fonte sublinha que, “esta decisão da Comissão de Poder Local e Coesão Territorial é sustentada em critérios burocráticos que fixam um número mínimo de eleitores, não respeitando as particularidades dos territórios de baixa densidade. Nada mais errado” dizem os socialistas.
“Extinguir freguesias, como neste caso concreto de Casével, não ajuda a contrariar a desertificação humana, bem como a consequente crise demográfica e envelhecimento social”, pode ler-se na nota publicada pelo PS de Castro Verde.
A mesma fonte adianta que, “Casével, como é público, cumpre em larga medida as exigências que devem sustentar a existência da sua Freguesia. Tem sede para a Junta de Freguesia com elevada qualidade; tem uma instituição social com importantes respostas para a 3ª idade e Cuidados Continuados, que fomenta de emprego e dá sustentabilidade à freguesia; tem infraestruturas desportivas e culturais; tem respostas públicas de serviços coletivos (posto médico, multibanco, cemitério); tem acessibilidade de grande qualidade”. O PS acrescenta que “todos estes fatores exigiam a reposição da Freguesia de Casével”.
No comunicado do PS pode ainda ler-se que, “houve todo um trabalho dos eleitos da Junta e da Assembleia da União de Freguesias, em comunhão com a vontade da população e em articulação e sintonia total com a Câmara e Assembleia Municipal, numa ação atempada em todos os momentos deste processo”.
Os eleitos do PS na Assembleia Municipal de Castro Verde, “com a autonomia política e partidária que lhe confere o seu Estatuto de eleitos locais, não podem, por isso, deixar de manifestar o seu profundo desagrado e discordância com a decisão agora tomada”.
Dizem os socialistas de Castro Verde que “foi perdida a oportunidade de corrigir uma decisão errada por parte do governo PSD/CDS, que em 2013 extinguiu e agregou freguesias contra a vontade das populações e dos seus órgãos representativos” e garante continuar “a lutar para que Casével volte a ser Freguesia, em comunhão com a justa pretensão do seu povo”.
Nesse sentido, deve a Assembleia Municipal de Castro Verde “vincar que a exigência para repor a Freguesia de Casével não está terminada. Pelo contrário, deverá prosseguir com unidade e exigência junto do Poder Central” conclui o comunicado do PS.
Foto: A. Castilho
